Transporte Coletivo 11-06-2018
Instalado há cerca de um mês em frente ao Pantanal Shopping, um novo modelo de ponto de ônibus agradou aos usuários, mas ainda necessita de melhorias na acessibilidade.
A estrutura foi montada usando um container – a previsão da Prefeitura, segundo apurou a reportagem, é instalar outras 82 unidades pela Capital, todas com placas solares, wifi e pontos para carregar celular.
A reportagem do MidiaNews foi ao local no fim da manhã desta segunda-feira (11) e constatou que a principal queixa dos usuários é em relação ao degrau, alto demais para os passageiros idosos, o que dificulta a passagem do ônibus para o ponto, e vice e versa.
Alair Ribeiro/MidiaNews
A aposentada Tereza Queiroz sente dificuldade ao entrar nos ônibus
A aposentada Tereza Queiroz Afonso, de 69 anos, relata que os ônibus param muito longe do degrau e, enquanto ela desce do ponto para o ônibus, em algumas vezes o veículo já se foi.
“Eu acho duro para descer. Às vezes ele encosta, e as vezes não encosta [próximo ao shopping]. Eu não dou conta de descer aqui, tenho muita dificuldade”, disse a aposentada.
Ela, no entanto, elogiou a nova estrutura. “Está melhor que antes, porque dá uma chuva e nós ficamos mais protegidos, né?”.
A acessibilidade para os cadeirantes é outro aspecto que precisa melhorar. O ponto até pode ser usado por eles como abrigo, pois há acesso facilitado pelos fundos. O problema é quando o ônibus chega: o alto degrau do container inviabiliza a entrada de cadeirantes, que precisam sair da estrutura para embarcar.
A dona de casa Antônia Santana de Souza, 56 anos, aprovou o ponto de ônibus, mas diz que gostaria que a estrutura fosse maior.
“Pego ônibus aqui todo dia. Todo mundo tá reclamando que tinha que ser maior, por que quando chegar a chuva, com esse ‘pontinho’ desse tamanho, não vai caber todo mundo”, destaca.
“Eu aprovo a implantação desse ponto. Ao menos na sombra a gente fica, né? Podiam colocar uma televisãozinha para gente aqui”, brinca.
A universitária Darli Campos, 31, usava o ponto de ônibus pela primeira vez. Ela se abrigava do sol enquanto esperava uma Van particular.
“Aqui é quente. O ponto traz mais benefício quando está chovendo. O que vejo é apenas a dificuldade dos idosos em descer o degrau para pegar o ônibus”, diz a estudante.
A estudante Pietra Machado, 18, pega o transporte coletivo diariamente no local. A nova estrutura, segundo Pietra, é cômoda e facilita o dia-a-dia. “Antes a gente ficava no sol e chuva. Eu achei bem legal as tomadas para recarregarmos o celular, mas ainda não usei”, disse.
Projeto
Alair Ribeiro/MidiaNews
Passageiros reclamam que veículos param longe do meio-fio
O projeto da prefeitura prevê placas solares para fornecer a energia necessária para iluminar o container e os seis pontos já instalados para a recarga de celulares.
No entanto, como as placas ainda não foram instaladas, nem as tomadas, nem a iluminação do ponto funcionam. Há ainda painéis de led na estrutura, que também não estão funcionando.
Está prevista uma biblioteca com livros diversos que poderão ser usufruídos no espaço. O conceito conta ainda com a presença de jardins suspensos, que serão cobertos por plantas ornamentais, e vão ajudar na climatização do espaço.
Para construção dos pontos, a prefeitura abrirá processo de chamamento público no qual a iniciativa privada irá se responsabilizar por cada ponto a ser implantado.
Em troca, segundo a Prefeitura, as empresas podem explorar o espaço com o uso de publicidade.
O prazo mínimo para a exploração do ponto é de cinco anos.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá, que informou que deve se manifestar apenas na coletiva de imprensa agendada para a tarde de quarta-feira (13).
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15 Comentário(s).
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| Lisandro Peixoto Filho 12.06.18 19h17 | ||||
| Pelo, que o informado em reportagens anteriores, a responsabilidade de "Pontos de Ônibus" é das empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo e não da Prefeitura de Cuiabá. Com a palavra o Ministério Público, TCE, e principalmente a Câmara Municipal. | ||||
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| VALDILENE 12.06.18 12h08 | ||||
| A estrutura é quente e não abriga muita gente , como existe varias linhas naquele ponto, quando chove as pessoas ficam apertados para se abrigarem , mas no sol fica quente, e o espaço foi reduzido pela metade. | ||||
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| Marques 11.06.18 23h12 | ||||
| Em uma analise perfunctória, nota-se a falta de segurança tanto para aos usuários como também para as pessoas com necessidades especiais. observa-se que as pessoas que utilizam ônibus ficaram mais frágeis para serem acidentadas. | ||||
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| Dos Santos 11.06.18 21h37 | ||||
| Ué, mais ja mudaram o discursos?...não seriam feitos modelos de paradas de ônibus iguais da praça alencastro?...saiu caro né...é mais barato colocar o povo numa lata de sardinha, num calor infernal de Cuiabá. Ridículo, a cidade ta virando um circo. | ||||
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| Marcio 11.06.18 20h43 | ||||
| Que tal aproveitar os vagões do VLT pra fazer varios ponto de onibus na capital ? | ||||
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