Cuiabá, Terça-Feira, 30 de Dezembro de 2025
ATROPELAMENTO
30.12.2025 | 14h45 Tamanho do texto A- A+

O que se sabe sobre a jovem que matou namorado e amiga dele em SP

Geovanna Proque da Silva enviou mensagens com ameaças pouco antes do atropelamento

Reprodução

Geovana Proque foi presa após causar acidente em SP

Geovana Proque foi presa após causar acidente em SP

DO G1

Uma jovem de 21 anos foi presa após perseguir de carro, atropelar e matar o namorado e uma amiga dele, que estavam em uma motocicleta, na madrugada de domingo (28), na Zona Sul de São Paulo. De acordo com a polícia, o crime foi motivado por ciúmes e não se tratou de um acidente de trânsito.

 

Antes do atropelamento, a suspeita, identificada como Geovanna Proque da Silva, enviou mensagens com ameaças a pessoas que participavam de um churrasco na casa do rapaz. Raphael Canuto da Silva, de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19 anos, foram enterrados nesta segunda (29). A reportagem não conseguiu localizar a defesa dela.

 

Para comemorar um mês de namoro, o jovem planejava viajar com Geovanna para Minas Gerais no dia seguinte. (Leia detalhes aqui.)

 

O que aconteceu?

 

Segundo a investigação, Raphael Canuto da Silva estava com amigos em um churrasco em casa, no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul da capital. A namorada dele, Geovanna Proque, não estava no local e passou a enviar mensagens questionando a presença de mulheres que ela não conhecia.

 

Como a namorada insistir em discutir, Raphael saiu de moto para dar uma volta, passou em uma adega perto e deu carona a uma amiga, Joyce Correa da Silva. De acordo com testemunhas, Geovanna saiu de carro logo depois, perseguiu a motocicleta em alta velocidade e atropelou os dois. Com o impacto, as vítimas foram arremessadas a cerca de 30 metros e morreram no local.

 

Qual teria sido a motivação do crime?

 

Para a polícia, o crime foi motivado por ciúmes. Testemunhas relataram que Geovanna ficou enciumada com a presença de uma amiga de infância no churrasco, apesar de pessoas próximas afirmarem que não havia envolvimento amoroso entre ela e Raphael.

 

A investigação aponta que o ciúme foi “totalmente infundado” e classifica a motivação como fútil. No boletim de ocorrência, a polícia afirma que ficou evidenciado o “dolo direto de matar” na conduta da suspeita. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dela.

 

Outras pessoas se feriram?

 

Sim. Durante a perseguição, Geovanna também atingiu um homem que estava na calçada. Ele caiu, bateu as costas e a cabeça e precisou levar pontos.

 

Além disso, dois carros que estavam estacionados na via — um Citroën C4 preto e um Gol branco — também foram atingidos.

 

O que disse a polícia?

 

No entendimento da polícia, não se tratou de um acidente de trânsito. Segundo os investigadores, Geovanna teria acelerado o carro de propósito para atingir a traseira da moto, impedindo qualquer chance de defesa das vítimas.

 

Ela foi indiciada por homicídio doloso duplamente qualificado — por motivo fútil e emboscada — além de lesão corporal na direção de veículo automotor. A suspeita permaneceu em silêncio durante o interrogatório na delegacia.

 

Quem é Geovanna Proque?

 

Geovanna Proque da Silva tem 21 anos e é estudante universitária. Segundo relatos, ela mantinha um relacionamento com Raphael tinha cerca de um ano e, há cerca de um mês, ele a havia pedido em namoro.

 

De acordo com a polícia, ela foi até a casa de Raphael acompanhada da madrasta.

 

Geovanna Proque está presa?

 

Sim. Geovanna foi presa em flagrante após o crime, e a prisão foi convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

 

Após o atropelamento, ela fugiu do local, mas passou mal e se sentou na calçada de uma rua próxima. Policiais militares a retiraram do local após moradores ameaçarem linchá-la. Ela foi levada sob escolta para atendimento médico por conta de ferimentos superficiais.

 

O que diziam as mensagens enviadas antes do crime?

 

Pouco antes do atropelamento, Geovanna enviou mensagens de WhatsApp a uma conhecida que estava no churrasco. Nos textos, ela exigia que outras mulheres fossem expulsas da casa “por bem ou por mal”.

 

Em uma das mensagens, escreveu que iria até o local “quebrar ele e tudo que tem aí”. Em outra, afirmou: “Não vai ter conversa” e “ou você resolve ou eu resolvo”. As conversas foram anexadas ao inquérito policial.

 

Quais são os próximos passos?

 

A investigação ficará a cargo do 37º Distrito Policial, no Campo Limpo. A polícia aguarda o resultado dos exames toxicológicos feitos em Geovanna, que admitiu ter tomado antidepressivos, mas disse que tinha consciência do que fazia.

 

Testemunhas seguem sendo ouvidas, incluindo a madrasta da suspeita. O inquérito será concluído e encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia à Justiça.

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