Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
RISCO DE FALÊNCIA
12.10.2012 | 18h25 Tamanho do texto A- A+

Plano aponta a venda da Rede Cemat como solução

Caso Aneel aprove, Grupo Rede Energia passará para as mãos de um novo controlador

Thiago Bergamasco/MidiaNews

Interventor da Aneel na Rede Cemat, Jaconias de Aguiar

Interventor da Aneel na Rede Cemat, Jaconias de Aguiar

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Para fugir da falência, a Rede Cemat (Centrais Elétricas Mato-grossenses S.A.), que possui uma dívida bruta de R$ 1,8 bilhão, deverá ser vendida.

Essa foi a saída encontrada pela Rede Energia S.A. para tentar recuperar as oito concessionárias em risco de falência no país, conforme informou ao MidiaNews a Gerência de Comunicação da Cemat.

Para tanto, o Grupo Rede deverá passar para as mãos de um novo controlador, que será responsável pela injeção de recursos que permitam às empresas colocarem as contas em dia.

O plano de recuperação, montado pela Rede Energia, deverá ser apresentado até o dia 30 de outubro à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Os acionistas da Rede Cemat já foram convocados pelo interventor da rede, Jaconias de Aguiar, para se reunirem no próximo dia 24, na sede da empresa, em Cuiabá, a fim de discutirem a aprovação do plano – Veja o arquivo em anexo.

O plano prevê que o novo controlador deverá injetar recursos na ordem de R$ 773 milhões – dos quais R$ 205 milhões iriam somente para a Rede Cemat – em todas as concessionárias, que serão suficientes para que as empresas voltem à situação de adimplência, aumentando o Capital e quitando, imediatamente, suas dívidas externas e entre empresas do próprio grupo.

Dessa forma, as concessionárias poderão voltar a gerar um caixa compatível com o volume de serviço da dívida e sua necessidade de investimentos, apresentando, novamente, viabilidade econômica e financeira.

Após a apresentação do plano à agência reguladora, a Aneel terá 60 dias para aprovar ou não o plano. Caso discorde do plano apresentado, a Aneel será responsável, junto com o interventor da Rede Cemat, por encontrar uma nova forma de recuperação das empresas.

Se o plano for aprovado, a intervenção, cujo prazo previsto é de um ano, poderá ser suspensa, com os encaminhamentos para execução do plano sendo tomados.

Intervenção


A Rede Cemat, bem como as demais concessionárias do Grupo Rede, sofreu intervenção da Aneel em setembro deste ano. Na ocasião, foi dado um prazo de 60 dias para que a empresa apresentasse um plano de recuperação à agencia reguladora, evitando, assim, a falência eminente e a geração de uma grande crise no setor de energia elétrica do Estado.

A dívida total do grupo Rede é de aproximadamente R$ 5,7 bilhões, segundo a Aneel. Esse valor, no entanto, não inclui os mútuos – dívidas entre empresas do próprio grupo.

Dentre a dívida bilionária, a Cemat possui uma dívida ativa (débitos com entes públicos que, quando não quitados, são levados para a esfera judicial) de R$ 280 milhões, somente em tributos federais, fato que foi considerado preocupante pelo interventor da Aneel, Jaconias de Aguiar.

“A recuperação judicial, em uma concessionária de energia, é uma anomalia, muito complexa. Não para se entrar nela, mas para sair. Se entra na recuperação judicial, você só tem dois caminhos. Ou o acionista credor aprova o plano proposto, e neste caso está descartada a falência. Ou ele não aprova e, neste caso, é falência imediata”, explicou Aguiar, na época.

O interventor garante que os 1,14 milhão de consumidores não precisam temer a crise e que o reajuste das tarifas da Cemat, feito recentemente, não foram motivadas pelas dívidas existentes.

Confira o que já foi publicado no MidiaNews sobre o assunto:


Governo Federal decreta intervenção na Rede/Cemat


Interventor diz que problemas são financeiros


Dívidas da Cemat podem prejudicar projetos da Copa


Reajuste de 9,45% na conta de energia já está valendo

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juliana siqueira  24.10.12 21h05
enquanto as tarifas só aumentam sei lá porque motivo porque o icms é maior que o meu consumo de energia conheço pessoas que tem salario de mil reais e pagam uma conta de 450 utilizando apenas 1 ar-condicionado(a familia dorme toda no mesmo quarto para economizar)onde isso vai parar? estamos pagando pelos erros dos governantes? de uma empresa? eu queria ver nosso governador ou o presidente da rede dormirem sem ar neste calor de cuiabá ou dormirem com seus filhos todos no mesmo quarto... eles não estão nem ai né com o meu cometário nem com a situação de inúmeras familias não é mesmo?
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