PM: "Bope não age por vingança, mas em situação de ameaça"

A Polícia Militar informou nesta quinta-feira (6), por meio de nota, que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) não atua por "vingança ou revanche". A declaração ocorre após o confronto que resultou na morte de dois suspeitos de tráfico na noite de quarta-feira, no Bairro Altos da Serra, em Cuiabá.

O confronto aconteceu uma semana depois de um outro tiroteio envolvendo o batalhão resultar na morte de seis suspeitos, também na Capital.

A nota diz que a PM atua há 185 anos em "defesa da sociedade em situações de ameaça e crimes contra a população".

"Destaca que não atua por vingança ou revanche, mas em situações reais de ameaça e de crimes que colocam em perigo a população, cidadãos e cidadãs de bem", diz a nota.

“É nesse contexto de atuação em defesa da vida e da segurança pública que também estão os policiais militares, pais e mães de família, que saem às ruas para trabalhar e que também precisam se resguardar nas situações de ameaças e confrontos reais impostos pelo exercício da profissão”, defendeu.

Ainda na nota, o Comando Geral da PM afirma que tomou conhecimento de mensagens e áudios ameaçando os policiais em retaliação às recentes ações policiais.

A PM, no entanto, nega que tenha apreendido celulares dos suspeitos após a ação policial.

O caso

Duas viaturas da corporação estavam em patrulhas e foram recebidas a tiros na região.

“Nós temos uma conduta de patrulhamento diferenciada, as viaturas, durante as patrulhas, andam um pouco afastadas uma das outras, a primeira viatura escutou os disparos e já foi verificar de onde vinham. Eles desembarcaram e revidaram”, disse o comandante do Bope, tenente-coronel Ronaldo Roque.

“Alguns fugiram. Um que estava armado foi alvejado e outro que fugiu pelo mato deu de frente com a outra viatura que estava se aproximando do local. Ele estava  com uma arma na mão, foi mandado que largasse e ele não obedeceu. Acabou sendo alvejado também”, contou.

Os dois baleados chegaram a ser socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas morreram.

Depois disso, um vídeo de uma conversa em um grupo de WhatsApp atribuída a criminosos mostra o que seria a convocação de comparsas para matar policiais por causa dos confrontos recentes com a Polícia Militar em Cuiabá.

Este foi o segundo confronto de policiais militares do Bope que resulta em morte em uma semana. No dia 29, seis homens foram mortos em um tiroteio com policiais do batalhão.

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