Cuiabá, Quinta-Feira, 27 de Novembro de 2025
MORTE EM VERA
07.02.2023 | 11h35 Tamanho do texto A- A+

“PM ia usar o quê? A mão? Ele só tinha a arma”, diz delegado

Polícia Civil apura se o caso Diego Kalininski se enquadra em legítima defesa com excesso

Reprodução/ MidiaNews

O delegado Bruno Abreu está a frente do inquérito que investiga a morte de Diego Kalininski

O delegado Bruno Abreu está a frente do inquérito que investiga a morte de Diego Kalininski

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O delegado Bruno Abreu, responsável pelo inquérito policial que investiga a morte de Diego Kalininski, de 25 anos, afirmou que uma das linhas de investigação é a de que os policiais militares envolvidos na morte do rapaz agiram em legítima defesa com excesso.

 

Diego foi morto a tiros após reagir a uma abordagem policial na madrugada do último domingo (5), no Município de Vera (a 458 quilômetros de Cuiabá). O irmão dele também ficou ferido na ocasião.

 

Dois tiros já foram dados para o alto antes, não foi suficiente. Ou seja, a legítima defesa de terceiros dado pelo policial que estava atrás, não foi suficiente para parar aquela sessão

Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ouvir pelo menos seis disparos de arma de fogo, antes de o rapaz cair.

 

“Dois tiros já foram dados para o alto antes, não foi suficiente. Ou seja, a legítima defesa de terceiros dado pelo policial que estava atrás não foi suficiente para parar aquela sessão”, explicou o delegado em entrevista ao programa Real TV Sinop, da Record TV.

 

Durante a ação, Diego chegou a agredir com um soco um dos policiais e tomar o seu cassetete.

 

“Qual meio disponível ele [o PM] tinha? A arma. Porque o cassetete que ele tinha e estava disponível, ele usou antes, a própria vítima tomou dele. Ele iria usar o quê? A mão? Ele vai usar a arma. Então é isso que vai ser apurado, se teve legítima defesa, vamos apurar, e se teve excessos”.

 

O delegado afirmou ainda que esse é um caso de alta complexidade em que mais de dez testemunhas terão de ser ouvidas com um efetivo reduzido de policiais.

 

“Geralmente os policiais não conseguem terminar o inquérito em 30 dias e a lei prevê prorrogações. Ainda mais um caso como esse de alta complexidade, onde vão ter que ser ouvidas umas 10 testemunhas, no mínimo, em uma cidade como Vera, onde nós temos um policial, um escrivão e um delegado que responde por três cidades”.

 

Segundo Abreu, esse é o caso de maior gravidade do Município atualmente. “Vamos tentar concluir o mais rápido possível e a atenção total e especial é para esse caso”.

 

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13 Comentário(s).

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Bruno Monteiro  08.02.23 11h24
Esse é sujeito homem de verdade... Tem o meu respeito!!! Fez o certo, sem frescura!!! Toda a classe policial respeita um delegado desse!!! Parabéns!
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Steve   08.02.23 11h13
Parabéns ao delegado.. ótimo posicionamento..
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Oscar Barros  08.02.23 08h02
Parabéns Comando! Infelizmente a sociedade não tem noção o que é enfrentar as adversidades da atividade policial e pensam que abordagem é como assistir a vídeos e dar um pause e prosseguir no momento que quiser... Os policiais que atuam na rua agradecem sua posição, nossos aplausos
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Wender Souza  08.02.23 06h59
Maria vou te dar uma arma e colocar 6 pessoas na minha retaguarda e comigo um bastão de madeira, em seguida vou pra cima de você com intensão de te agredir. Onde você vai atirar sem errar nas pernas ou no peito? Olha se você erra as pernas tem mais 6 pessoas atrás com elas.
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Geraldo   07.02.23 22h51
Absurdo! Uma cidade do porte de Vera,sede de comarca,cidade produtiva, ter apenas um policial civil,um escrivão e um delegado e com certeza poucos policias militares .O que não entendo é que já tem concurso realizado e homologado para os cargos de policias civis, militares e pessoal da politec e ainda não se tem notícias de nomeação, se eu eu estiver errado minhas desculpas.
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