KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
A Polícia Civil de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá) está à procura de dois homens suspeitos de terem mantido o jovem Oziel de Oliveira, 22, em cárcere privado por 12 horas.
Eles estavam interessados em roubar os R$ 106 mil arrecadados pelo rapaz em uma campanha pela internet, para custear um tratamento de reconstrução facial, em São Paulo.
Segundo relatos de Oziel ao delegado Marcelo Torahcs, responsável pelas investigações, ele foi abordado por dois homens que estavam em uma motocicleta, por volta das 23 horas de domingo (24).
O rapaz tinha acabado de deixar a namorada em casa e estava retornando para a sua residência, quando foi interceptado pela dupla. Oziel foi obrigado a seguir os sequestradores até a zona rural da cidade.
O rapaz foi levado até uma barraca, dentro de uma mata, e teve as mãos amarradas pelos bandidos. Ele ficou em cárcere privado até a manhã de segunda-feira (25). Por volta as 10 horas, os sequestradores apareceram no cativeiro e levaram Oziel até o centro de Lucas do Rio Verde.
Eles exigiram que o rapaz fizesse um saque e entregasse o dinheiro que tinha arrecadado com a campanha beneficente.
Mesmo negando a existência do dinheiro, pois o tratamento já foi pago, a dupla exigia que fosse entregue o dinheiro restante, que seria usado no pagamento das passagens e diárias de hotel.
Policiais chegaram a deter dois suspeitos, nas proximidades de uma agência do banco Bradesco, onde Oziel possui conta e foi levado para fazer o saque. Os rapazes foram liberados horas depois, já que nenhum foi reconhecido pela vítima como participante do sequestro.
Aos policiais, Oziel conseguiu fazer uma descrição dos suspeitos, que agora são procurados como suspeitos de sequestro e cárcere privado.
Caso Oziel
O jovem Oziel de Oliveira, 22, morador de Lucas do Rio Verde revelou, em entrevista ao
MidiaNews, em abrl deste ano, que o câncer em sua boca começou com uma cárie esponjosa em um dente.
A família o trouxe até Cuiabá para fazer um diagnóstico, mas o tratamento não foi eficiente. O médico (nome não revelado) apenas receitou um bochecho três vezes ao dia e antibiótico.
A situação se agravou e Oziel teve que se tratar em São Paulo, onde foi descoberto que ele possuía um tipo de câncer muito raro.
Nessa época, ele já estava com 12 anos. Ao longo desses 10 anos, o rapaz fez várias cirurgias para retirar o tumor.
Também tentaram fazer enxertos no rosto, mas nada adiantou. Leia mais
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