Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
ESTADO DE GREVE
09.12.2021 | 13h15 Tamanho do texto A- A+

Policiais penais ocupam sede do Governo e pedem salário maior

Categoria diz ganhar o menor salário da Segurança; movimento paradista deve começar no fim de semana

Reprodução

Servidores ocupam Palácio Paiaguás

Servidores ocupam Palácio Paiaguás

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Cerca de 100 policiais penais de Mato Grosso ocuparam a recepção do Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, na manhã desta quinta-feira (9), exigindo correção salarial para a categoria. Ao todo, em Mato Grosso, há cerca de 3 mil policiais penais.

 

Na tarde de quarta-feira (08), o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT) convocou uma assembleia geral, que definiu pelo estado de greve da categoria. Os sindicalistas alegam que não há valorização profissional por parte do Governo do Estado.

 

De acordo com o presidente da entidade, Amaury Neves, no início desta semana o secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio Bezerra, o informou por telefone que haverá um reajuste, mas não atendendo o índice que a categoria exige. O percentual, no entanto, não foi informado pelos sindicalistas.

 

Somos o menor salário da Segurança Pública do Estado, acumulamos muitas atribuições não regulamentada

“Essa negociação se arrasta por um período já grande. Depois de várias reuniões recebemos uma posição por telefone do secretário, na terça-feira, nos informando que não contemplará nossa demanda de valorização salarial. O que contempla não repara as nossas perdas e ele diz que não tem como mudar”, disse, após a reunião.

 

O sindicalista argumenta que a categoria, que atua no sistema penitenciário de Mato Grosso, tem o menor salário médio dentro da Segurança Pública do Estado.

 

“Somos o menor salário da Segurança Pública do Estado, acumulamos muitas atribuições não regulamentadas. Passamos para categoria e conscientemente foi deliberado a greve. Faremos a comunicação para as autoridades e, depois de 72 horas, estaremos daremos início ao movimento paradista”, apontou.

 

A categoria foi até a sede do Governo para tentar diálogo com o governador Mauro Mendes (DEM) sobre a demanda. Mendes, no entanto, está em uma viagem a Primavera do Leste, bem como o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.

 

Assim, o vice-governador do Estado Otaviano Pivetta (sem partido) recebeu os sindicalistas. Ele pediu o fim da mobilização, pois agendaria uma conversa para terça-feira (14) com o Governo. A liderança sindical, no entanto, negou o acordo e exigiu uma reunião ainda hoje com o governador.

 

O outro lado

 

À reportagem, a assessoria de imprensa da Sesp disse que o Governo de Mato Grosso irá se reunir com representantes do Sindicato na próxima terça-feira, "para tratar das reivindicações da categoria".

 

Veja vídeo:

 

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COMENTÁRIOS
11 Comentário(s).

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FABIANO  28.12.21 07h48
Policiais NÃO podem fazer greve gente! Esse povo se apropriou desse nome! Na verdade são AGENTES PRISIONAIS! Esse é o correto! Esse povo só querem as benesses de serem chamados POLICIAIS! Ora, se querem ganhar como policiais, andar como policiais, agir como policiais... todavia, precisam receber os ônus também! NÃO FAÇAM GREVE! Mas pelo visto só querem o BÔNUS! A POPULAÇÃO QUE SE FERRE! Esse serviço era feito pela POLÍCIA MILITAR! É HORA DO GOVERNADOR ACIONAR A POLÍCIA MILITAR E DEIXAR ESSE POVO DE LADO! QUE ABSURDO!
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Isabella V  16.12.21 21h38
A luta pela melhoria salarial ainda é um dos marcos na maioria dos governos, as ida as ruas representa um meio de dar voz as não só as minorias mas àqueles que lutam por uma causa justa. E Mauro tem sido um grande ouvinte.
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Kauana  12.12.21 22h27
Como um bom ouvinte Mauro quer escutar a todos para dar condições melhores
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Juliana  11.12.21 08h53
Natural eles quererem lutar por melhorias, Mauro Mendes é um Governador que ouve a todos, nesse caso não será diferente.
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Alex Silva  11.12.21 00h00
Apesar das funções exercidas por tais servidores não se enquadrarem no conceito histórico de polícia, foram reconhecidos como tal pela Constituição Federal. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que servidores que atuam diretamente na área de segurança pública não podem entrar em greve pois desempenham atividade essencial à manutenção da ordem pública. Ora, se são policiais como podem deliberar por greve? É um contrassenso. Querem o bônus da atividade e não aceitam o ônus? Parem de chantagear a sociedade e o estado com matérias como a abaixo: http://www.tvmaisnews.com.br/noticia/19088/comando-vermelho-e-pcc-devem-explodir-bomba-relogio-em-mt-com-a-greve-dos-agentes-penais-que-inicia-no-sabado-11
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