O publicitário Maurício Coelho é o principal alvo da Operação Short Code, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (24), em Cuiabá, para apurar a suspeita de crimes cibernéticos e campanha difamatória contra a atual diretoria da Unimed Cuiabá.
Ex-marqueteiro de Rubens de Oliveira, ex-presidente da cooperativa, ele publica textos periódicos com críticas e ataques à atual gestão, e é investigado por crimes como injúria, difamação e calúnia. Coelho teria recebido R$ 1,8 milhão um dias antes da eleição da nova diretoria, ocorrida em março de 2023.
Segundo a Polícia Civil, ele integra um grupo responsável pelo disparo massivo de SMS com o conteúdo difamatório. Em seus posts, o publicitário rebate, por exemplo, que Rubens tenha deixado um rombo de R$ 400 milhões, como afirma a atual diretoria.
Conforme as investigações, o objetivo das publicações seria destruir a imagem da diretoria da Unimed, após a nova gestão apontar irregularidades na administração do ex-presidente, que foi preso pela Polícia Federal em outubro do ano passado.
Em uma das postagens, Coelho descreve o rombo como "fabricado pela nova gestão da Unimed Cuiabá". Ele também produziu uma série de vídeos nos quais "analisa" os valores financeiros da cooperativa e cita supostas irregularidades.
Reprodução
O ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira
Em um site vinculado ao seu perfil, Maurício se apresenta como presidente de um instituto e afirma que sua missão é “defender indivíduos comuns contra os interesses de grupos que controlam mais de R$ 700 bilhões por ano”.
A investigação apontou que os disparos de mensagens e conteúdos difamatórios teriam partido de uma empresa de marketing digital sediada fora de Mato Grosso, mas ligada a pessoas vinculadas à antiga gestão da Unimed.
Coelho manteria um relacionamento com a ex-assessora jurídica da Unimed, Jaqueline Larrea, que também foi alvo de mandado de prisão em outubro do ano passado.
Além de Jaqueline e Rubens, também foram alvos dos mandados de prisão a ex-diretora administrativa, financeira e médica Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, o ex-CEO Eroaldo de Oliveira, a ex-superintendente administrativa e financeira Ana Paula Parizzotto e a contadora Tatiana Bassan.
O outro lado
Nas redes sociais, Maurício Coelho publicou um vídeo repudiando a operação da Polícia Civil. Segundo o publicitário, a ação ocorreu em retaliação a uma denúncia feita por ele próprio, em que afirma que o caso Unimed envolve um escândalo com figuras públicas do estado.
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