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19.08.2015 | 08h34 Tamanho do texto A- A+

Segurança diz que médico Lúdio Cabral se recusou a atendê-lo

Elton Alves de Morais, 29, afirma que entrara com uma ação contra o ex-vereador

Bruno Cidade/MidiaNews - Montagem

O segurança Elton Morais, que registrou boletim de ocorrência na polícia

O segurança Elton Morais, que registrou boletim de ocorrência na polícia

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
O segurança Elton Alves de Morais, de 29 anos, registrou um boletim de ocorrência, na última sexta-feira (14), em que acusa o médico e ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), de se negar a atendê-lo no Centro de Saúde do Tijucal.

De acordo com Elton, na quinta-feira (13) ele caiu de moto e, depois de algumas horas, sentiu dores de cabeça e procurou atendimento na Policlínica do Coxipó.
 

"O doutor Lúdio, então,  disse: ‘gente do Cabral eu não atendo aqui’, virou as costas pra mim e entrou no consultório"

Lá, ele contou que recebeu um encaminhamento para procurar um clínico em alguma unidade de saúde da Capital, porque o da Policlínica teria pedido demissão.

Elton disse, então, que foi até a unidade do Tijucal, por ser a mais próxima de sua residência, e apresentou o encaminhamento que chegou a ser carimbado para aguardar atendimento.

Minutos depois, segundo ele, um funcionário da recepção, identificado apenas pelo sobrenome “Da Silva”, o informou de que ele não poderia ser atendido na unidade, por ser morador do bairro Osmar Cabral.

“Eu o questionei do porquê que eu não poderia ser atendido, já que sou cidadão como qualquer outro e pago meus impostos. Foi nesse momento que o doutor Lúdio saiu do seu consultório e perguntou: 'Porque você está dando showzinho aí?' Eu respondi: 'Ninguém é palhaço aqui pra dar showzinho, doutor. Só quero saber o porquê não vou ser atendido”, afirmou Elton.

“O doutor Lúdio, então, disse que ‘gente do Cabral eu não atendo aqui’. Virou as costas pra mim e entrou no consultório”, disse.

Elton disse que se sentiu "humilhado e constrangido" com a situação. Ele foi atendido por um clínico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Morada do Ouro, que pediu uma ressonância e descobriu três tumores em sua cabeça.

O médico e ex-vereador Lúdio Cabral: paciente registro boletim na polícia


“Fiquei muito envergonhado com o caso. Mas, ainda lá no Tijucal, eu disse que procuraria meus direitos e é o que vou fazer. Já registrei o boletim que ocorrência e o próximo passo vai ser entrar com uma ação contra o doutor Lúdio Cabral porque ele tem que aprender a respeitar as pessoas”.

Outro lado

A reportagem tentou falar com o ex-vereador Lúdio Cabral desde a tarde desta terça-feira (18), mas as ligações para o seu celular não foram atendidas.

Na manhã desta quarta, ele atendeu um dos telefonemas, mas disse que não poderia falar do caso porque estava em plantão - e só poderia relatar o ocorrido no final da manhã.

À reportagem, a chefe de enfermagem da unidade do Tijucal, que não quis se identificar, afirmou que no local os pacientes só são atendimentos através de agendamento.

Segundo ela, o paciente Elton Alves não tinha agendado horário para ser atendido na unidade e, ainda, teria chegado no local após o expediente de Lúdio.

"Quando o paciente Elton chegou na unidade, o doutor Lúdio já estava atendendo alguns encaixes e apenas disse que não atenderia mais porque tinha compromissos. Ele atende aqui todos os dias e tem muita procura de pacientes aqui por ele", disse.

A chefe da reportagem negou que a unidade não atende pessoas do bairro Osmar Cabral.

"Aqui a gente atende toda a região. O que acontece é que, após o primeiro atendimento, nós podemos encaminhar o paciente para a unidade do seu bairro, mas não negamos atendimento a ninguém", pontuou.

Veja o Boletim de Ocorrência:


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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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FABIANO  21.08.15 10h51
Centro de Saúde é unidade de atendimento para consultas agendadas. Este cidadão está errado. Deveria ter procurado uma UPA. O médico agiu corretamente. Assim prevê a legislação do SUS.
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João   20.08.15 12h12
João , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
wilson jose freire de carvalho  20.08.15 09h14
NÃO SEI QUEM ESTÁ COM A RAZÃO OU NÃO, SÓ SEI JÁ HOUVI MUITAS HISTÓRIAS DESSES PSFS, POSTOS DE SAÚDES, POLICLÍNICAS OU UPAS COMO QUEREM DIZER. UMA COISA É CERTA TEM QUE MELHORAR MUITO AINDA. DAR DIGNIDADE NO ATENDIMENTO A QUEM PRECISA DE AJUDA.
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jcesar  20.08.15 08h55
O BO tá feito, agora a Polícia investigará, pra ver quem tá com a razão, "SÓ NÃO PODEMOS ESQUECER QUE O ÔNUS DA PROVA CABE A QUEM ACUSA".
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Luiz  19.08.15 14h10
Se todos os médicos seguissem o Juramento de Hipócrates,fatos como este não existiriam. Juramento Juro por Apolo Médico, por Esculápio por Hígia (ou Hygéia, ou ainda Higeia) por Panaceia e por todos os Deuses e Deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas as minhas forças físicas e intelectuais, Honrarei o professor que me ensinar esta arte como os meus próprios pais; partilharei com ele os alimentos e auxiliá-lo-ei nas suas carências, Estimarei os filhos dele como irmãos e, se quiserem aprender esta arte, ensiná-la-ei sem contrato ou remuneração. A partir de regras, lições e outros processos ensinarei o conhecimento global da medicina, tanto aos meus filhos e aos daquele que me ensinar, como aos alunos abrangidos por contrato e por juramento médico, mas a mais ninguém. A vida que professar será para benefício dos doentes e para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos. Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres. Guardarei castidade e santidade na minha vida e na minha profissão. Operarei os que sofrem de cálculos, mas só em condições especiais; porém, permitirei que esta operação seja feita pelos praticantes nos cadáveres, Em todas as casas em que entrar, fá-lo-ei apenas para benefício dos doentes, evitando todo o mal voluntário e a corrupção, especialmente a sedução das mulheres, dos homens, das crianças e dos servos, Sobre aquilo que vir ou ouvir respeitante à vida dos doentes, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não convenha que seja divulgado, guardarei silêncio como um segredo religioso, Se eu respeitar este juramento e não o violar, serei digno de gozar de reputação entre os homens em todos os tempos; se o transgredir ou violar que me aconteça o contrário.
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