Com bares e restaurantes fechados por conta da pandemia do novo coronavírus, muitos garçons foram demitidos e outros tiveram seus salários reduzidos, segundo o presidente do Sindicato dos Empregados com Bares, Restaurantes e Similares (Sidecombares), Jomer Lauro de Arruda.
Um dos decretos municipais estabelece o fechamento desses estabelecimentos durante o período de pandemia.
“Tem causado certo pânico entre os trabalhadores, desespero. É o tempo todo o telefone tocando”, relatou Jomer, que é garçom há 25 anos.
De acordo com ele, só em Cuiabá existem cerca de 3 mil trabalhadores do setor.
Arruda ainda afirmou que muitos funcionários chegaram a ser demitidos, pois alguns estabelecimentos declararam que não conseguem mais reabrir as portas.
“Teve uma empresa que fechou, comprovou que não há condições de reabrir e demitiu 22 funcionários. Muitos estão fechando as portas sem conseguir um retorno”, afirmou.
O sindicalista também revelou que algumas empresas que fecham as portas não dão conta de pagar a rescisão de contrato dos funcionários, os deixando sem renda.
“Muitas empresas não têm nem condições de fazer a rescisão de todos os trabalhadores. Além de ficar sem o salário, às vezes, não consegue um saque imediato do seu FGTS, do seguro desemprego”, disse.
Os que conseguiram manter o emprego, tiveram o salário reduzido para a base, que é um salário mínimo.
Sem os restaurantes e bares funcionando, os garçons também não conseguem tirar boa parte da renda, que vem da taxa de serviço.
“Mesmo as empresas ainda em funcionamento por meio do delivery, o garçom está parado. A gente sabe que o que ajuda mais na remuneração total é justamente a gorjeta, as taxas de serviço e é isso que sumiu. Está sendo muito aperto”, afirmou.
Acervo Pessoal
O presidente do Sindecombares, Jomer Lauro de Arruda
Reabertura dos estabelecimentos
Por conta da situação de desespero, Jomer revela que o Sindecombares defende a reabertura de restaurantes e bares, pois acredita que a situação possa piorar caso a pandemia se estenda por muito tempo.
“Reabertura de maneira organizada, que siga as orientações das organizações de saúde”, disse.
Mesmo assim, o sindicalista reconhece que na Capital a situação é mais complicada.
Por isso, para ele, é necessário auxílio do Governo, tanto Federal quanto Estadual, para que as empresas não fechem.
“Aqui em Cuiabá, a gente sabe que é um pouco mais difícil. Tem muito mais gente, muitos casos confirmados", disse.
"Apesar do delivery, acho que falta uma contrapartida do Governo para ajudar nesse sentido. Muitos estão fechando as portas sem conseguir um retorno”, completou.
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4 Comentário(s).
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SERGIO JOSE GOMES 13.04.20 10h50 | ||||
Este é o reflexo de uma ação sem planejamento, sem visão macrocomunitario, um olhar ausente dos reflexos de cada ação tomada com viés político. A pandemia é um fato, providências deveriam ser tomadas no sentido de educar as pessoas como se prevenirem, implantar de forma ordenada o isolamento sem plantar o caos, o pânico e a desinformação. Eis aí o preço que a sociedade está a pagar. Desemprego, Desesperança. | ||||
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José Augusto 13.04.20 10h03 | ||||
Estamos diante de algo que não conhecíamos, sou cozinheiro JA ESTOU DESEMPREGADO e nem por isso torço para reabertura do comercio. É um tiro no próprio pé, estamos diante de uma PAN PANDEMIA, Não é uma gripezinha. Aliás esse moço tá tão arrumadinho para um garçom. | ||||
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DIOCLIDES DA COSTA MACEDO NETO 13.04.20 09h55 | ||||
Gostaria de dizer que o Presidente esta com razão quando diz que a fome vai matar mais que essa gripe covid 19l | ||||
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Fernando 13.04.20 09h40 | ||||
Deixa fechado pois se abri a culpa é do presidente se alguém ficar doente | ||||
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