Cuiabá, Terça-Feira, 12 de Agosto de 2025
ATAQUE DIGITAL
05.05.2018 | 13h55 Tamanho do texto A- A+

Site da UFMT é hackeado e derrubado por grupo anônimo

Invasores deixaram mensagem sobre corrupção pouco antes de site sair do ar

Montagem/Reprodução

Grupo de hackers invadiu site da UFMT e deixou mensagem sobre corrupção

Grupo de hackers invadiu site da UFMT e deixou mensagem sobre corrupção

BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO

O site da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi invadido por um grupo de hackers na manhã deste sábado (5).

 

O grupo, identificado como Ghost Defacers, tomou o controle o site por volta das 11h30 e derrubou o endereço eletrônico cerca de 15 minutos depois. A página só voltou ao ar no final da tarde.

 

Os invasores publicaram ao fundo uma imagem da máscara que representa o revolucionário inglês Guy Fawkes - uma referência que se popularizou após o filme “V de Vingança” e é muito utilizada por hackers anarquistas.

 

“Corrupção há em todo lugar, mas no Brasil a corrupção virou cultura política (...) Chegamos em um momento crucial na política brasileira, ou colocamos esses canalhas na cadeia, ou vamos ficar nessa corrupção que nunca tem seu fim", diz um trecho da manifestação.

 

De acordo com a assessoria da universidade, uma auditoria técnica foi iniciada para tentar identificar a origem do ataque. Uma análise preliminar demonstrou que apenas a página inicial do site foi afetada, não tendo havido qualquer risco ao banco de dados da instituição.

 

Após a conclusão da perícia, um relatório será encaminhado à Polícia Federal para posterior investigação.

 

Manifestações

 

Embora não faça menção direta à UFMT, a invasão do site ocorre num momento de acirramento das tensões internas entre estudantes e a reitoria da instituição.

 

Desde fevereiro, têm sido realizados diversos protestos e ocupações de espaços da universidade contra o aumento do valor das refeições do Restaurante Universitário.

 

A proposta da reitoria é que a refeição passe de R$ 1 para R$ 5 para estudantes de graduação, o que gerou revolta na comunidade acadêmica. O movimento apontou que esse aumento é arbitrário e prejudica a permanência dos alunos.

 

Diante disso, foram realizadas reuniões para discutir o assunto com a administração da instituição e a implantação do novo valor foi adiada pelo mês de maio.

 

No entanto, os alunos estão acampados na Guarita 2, que dá acesso ao Bairro Boa Esperança, e em alguns blocos da universidade. Além disso, cerca de 20 cursos deflagraram greve estudantil.

 

Por causa dessas ocupações, o juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho determinou a reintegração de posse do espaço na sexta-feira (4). A decisão pode ser cumprida ainda neste sábado (5). Foi estipulada uma multa de R$ 5 mil para quem descumprir a ordem.

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Marcio  06.05.18 21h20
Parece que os reitores nunca foram estudantes universitários, para não saber das dificuldades de uma alimentação cara, falta pouco para privatizar as universidades.
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Glaucia Moraes  06.05.18 14h11
Apoio a Greve dos estudantes, pois estão tentando garantir seus direitos básicos, entre eles o de alimentação. É um absurdo o preço que está sendo apresentado. A sociedade deve se conscientizar que sem luta nunca vamos garantir nossos direitos, que o poder dominante exercido sobre nós é histórico porém não necessariamente permanente.
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Wily  06.05.18 00h07
Demorou sair uma noticia relevante na midia sobre isso...o que a sociedade não sabe é que os estudantes estão lutando por direito a permanência nas universidades, direito este que esta em lei e como já sabemos a lei não funciona neste País. É um abuso um aumento de 500% em uma refeição quando muitos alunos não tem apenas o dito "1 real" para almoçar...
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DR SAUDE  05.05.18 19h41
DR SAUDE, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
dauzanades  05.05.18 15h47
dauzanades, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas