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09.10.2022 | 11h06 Tamanho do texto A- A+

Teratoma, o tumor formado com dentes, unha e cabelos

Oncologista explica quais os sintomas, diagnóstico e tratamento

Reprodução

Teratoma é um tumor formado por células germinativas

Teratoma é um tumor formado por células germinativas

DA REDAÇÃO

Com aspectos que provocam susto e certa agonia, o teratoma tem sido assunto desde que a influenciadora Drielly Arruda descreveu, no Tik Tok, as características desse tumor recém-descoberto em seu organismo.

 

O oncologista e professor do curso de Medicina da Unic, Marcelo Bumlai conta que o teratoma é um tumor formado por células germinativas, ou seja, células precursoras de diferentes tipos de tecido e órgãos do nosso corpo; sendo assim comum que sejam encontrados cabelos, pele, dentes, unhas e até dedos, dependendo do tipo de células presentes.

 

“Mais frequente nos ovários, no caso das mulheres, e nos testículos, nos homens, se desenvolvem desde o nascimento sendo causado por uma mutação genética que acontece durante a formação do bebê. De forma geral são assintomáticos e de crescimento bastante lento, sendo em sua maioria, identificados na infância ou já na idade adulta, através de exames realizados de rotina, como tomografia computadorizada, ultrassom ou raio X”, explica o especialista.

 

Bumlai destaca que quando o teratoma está muito desenvolvido pode causar aumento do volume abdominal, ou da região escrotal, dores constantes ou sensação de pressão.

 

“Em alguns casos, quando o teratoma cresce muito lentamente, o médico pode optar por manter apenas observação do tumor. Nesses casos, é necessário fazer exames frequentes e consultas para avaliar o grau de desenvolvido do tumor. Caso haja aumento progressivo de tamanho, é recomendada a realização de cirurgia seguida da avaliação histopatologia para verificar se não há presença de células malignas”, alerta.

 

Caso o teratoma seja maligno, o médico avaliará a necessidade de fazer quimioterapia ou radioterapia, aumentando assim a chance de sucesso do tratamento, diminuindo a taxa recidiva da doença.

 

Em algumas situações, o tumor pode ser identificado no ultrassom pré-natal e, para o diagnóstico, é necessário fazer biópsia, hemograma completo e exames de sangue adicionais, além de diferentes estudos de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, raio X e ultrassonografia. “Embora seja uma alteração genética, o teratoma não é hereditário e, por isso, não passa de pais para filhos”, conclui.


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