Testemunhas relatam barulho e avião caindo em parafuso, diz PM

Funcionários da fazenda em que o avião bimotor King Air C90GTi caiu na manhã de quinta-feira (15) na zona rural de Apiacás (1.010 km de Cuiabá), matando os cinco ocupantes, relataram terem visto a aeronave entrando em “parafuso”.

O fato foi informado pelo tenente-coronel da Polícia Militar Alessandro Souza Soares, que afirmou que as testemunhas relataram à polícia terem visto a queda e ouvido uma grande explosão pouco antes de o avião cair.

“Testemunhas da propriedade informaram que ouviram uma explosão no céu, de alta intensidade e olharam. Quando olharam, viram o avião caindo em parafuso direto ao solo e logo depois outra explosão”, disse o PM em entrevista ao Balanço Geral.

A queda em parafuso chato é o termo na aviação que se refere ao momento que a aeronave entra em uma rotação rápida em torno de seu eixo vertical, enquanto, ao mesmo tempo, perde altitude. 

Apesar dos relatos dos funcionários, não há nada oficial de que a queda tenha acontecido de tal maneira. A causa só será conhecida após o Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos) fazer o recolhimento dos destroços da aeronave e realizar a perícia.

Quem contatou a Polícia Militar foi o proprietário da fazenda em que o avião caiu, por volta das 8h. Quando os militares chegaram ao local, encontraram a aeronave ainda em chamas e acionaram a Polícia Civil, que segue no local junto com a Politec.

O acidente matou o empresário Arni Alberto Spiering, seus netos João Marcos Spiering e Arni Alberto Spiering Benez, além do gerente comercial Ademar de Oliveira Júnior e o piloto Helder de Souza.

Arni Alberto Spiering era proprietário da Sementes Ouro Branco e atuava no setor de transporte, além de ser ex-dirigente do União, de Rondonópolis. Ele é morador da cidade desde 1978.

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