Em movimento unificado, vários clubes filiados à Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF), entre eles o Cuiabá, Dom Bosco, Luverdense e Primavera, enviaram um ofício à Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA) pedindo a definição da data da eleição para o comando da federação.
A disputa foi suspensa por decisão judicial e a CBF indiciou Luciano Hocsman, presidente da federação gaúcha, como interventor.
Eles relatam que o Camponovense acionou a Justiça Comum, em desacordo com o Estatuto da FMF, para suspender as eleições, entrando em confito com a jurisdição arbitral.
"Contudo, a ação foi posteriormente desistida. Com a desistência, não há mais justo motivo para intervenção, bem como inexiste impedimento para a continuidade do processo eleitoral, que já fol declarado válido tanto pela comissão eleitoral, quanto pelo árbitro de emergência", dizem os clubes.
A manifestação acontece após rumores de que o interventor Luciano Hocsman, que assumiu a FMF, poderia invalidar etapas já cumpridas no processo eleitoral, inclusive as que transcorreram sem qualquer impugnação formal e com ampla participação dos clubes.
Os clubes se posicionaram contra a possibilidade do processo ser anulado e reiniciado desde o início, "ignorando a lisura do procedimento em andamento conduzido pela consolidada e internacionalmente conhecida CBMA.
“Reiniciar todo o processo seria anular os atos legítimos já praticados, colocando em xeque a segurança jurídica e o prestígio da CBMA junto às federações e clubes que acreditam em sua atuação técnica e imparcial”, destaca a carta.
No documento, os clubes afirmam que tal medida comprometeria não apenas a legalidade do pleito anteriormente conduzido, mas também a própria credibilidade da CBMA enquanto instância arbitral reconhecida no cenário esportivo nacional.
Os dirigentes enfatizam que a CBMA já havia chancelado os trâmites eleitorais até então realizados, e que um eventual recuo agora configuraria não apenas uma incoerência institucional, mas também um risco de deslegitimar o próprio papel da entidade na mediação de conflitos desportivos.
A carta, assinada digitalmente por nomes como Bruno Sevilha, Jader Ribas de Oliveira e Diógenes Garrio Carvalho e Márcio Lacerda, reitera a necessidade de dar prosseguimento ao processo de onde ele parou, "respeitando os marcos já estabelecidos e assegurando o direito dos clubes de participarem de uma eleição transparente, legal e democrática".
"Diante do exposto, solicitamos que seja imediatamente dado prosseguimento ao processo eleitoral, com a publicação do edital de convocação do colégio eleitoral, para que os associados possam votar na chapa que considerarem mais apta a conduzir a FMF nos próximos quatro anos".
O documento é assinado pela Academia Ação de Futebol Ltda; Associação Desportiva Uirapuru; Academia Futebol Clube; Cáceres Esporte Clube Ltda; Cacerense Esporte Clube Ltda; Chapada Futebol Clube; Clube Atlético Mato-grossense; Clube Esportivo Dom Bosco; Clube Esportivo Operário Varzea-Grandense; Cuiabá Esporte Clube SAF; Luverdense Esporte Clube; Primavera Atlético Clube; Rondonópolis Esporte Clube; Sorriso Futebol Clube e Sport Sinop Ltda.
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