Não se pode dizer que a suspeita de venda de gabaritos de provas por servidores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) seja um fato inédito na história da instituição, apesar da reiterada preferência do Governo do Estado pela entidade para a realização do maior concurso público já visto em Mato Grosso.
No ano de 2005, a segurança da Unemat foi facilmente driblada e a instituição, alvo de uma operação que comprovou a venda das respostas do vestibular com a participação de funcionários, um deles citado no novo escândalo. A servidora pública que volta a ser apontada como suspeita de envolvimento em fraudes é a coordenadora da Comissão de Vestibulares (Covest), Geysa Atala Curvo.
Ela seria a principal encarregada na Unemat pelo megaconcurso do Estado e, no sábado foi alvo do cumprimento de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal. Documentos e computadores da servidora pública estão sendo periciados pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado, responsável pela solicitação dos pedidos de busca contra três servidores da universidade e um quarto suspeito.
No ano de 2005, Geysa já ocupava o cargo e também foi citada em um caso de fraude semelhante, porém, relativo ao vestibular 2005/2. O processo ainda está em trâmite no Fórum de Cáceres, mas ela não figura entre os réus. Foi apenas citada na época. O acusado de ser o mentor da venda de gabaritos no ano foi o sobrinho de Geysa, Samuel Atala, que tinha 21 anos e havia sido empregado na Covest pela tia.
A fraude foi descoberta pelos boatos que circulavam pela cidade e se tornaram uma denúncia, da mesma maneira como aconteceu semana passada. Em 2005 três vestibulandos foram presos com o gabarito do vestibular em mãos, antes das aplicações dos exames.
Com o flagrante, descobriu-se que o gabarito foi obtido ilegalmente por Samuel, que tinha acesso irrestrito aos documentos da Covest. Ele confessou que retirou os cadernos de prova da Covest desligando o circuito interno de câmeras de vídeo da sala onde os exames estavam guardados. Venderia o gabarito por valores entre R$ 400 e R$ 5 mil.
Após o furto, Samuel repassou as provas aos professores de cursinho preparatório, Rolando Pinto de Arruda e Jonas de Souza Silva, que integram a lista de 12 réus que respondem ao processo judicial ainda em trâmite em Cáceres - na fase de alegações finais. O ex-funcionário da Unemat Joaci Almeida também consta na ação.
Em depoimento, Samuel afirmou que os crimes não tinham a participação da tia, e que ele apenas furtou as provas porque estava precisando de dinheiro. Geysa chegou a prestar depoimento, se isentou do crime e foi mantida no cargo pela direção da Unemat. O vestibular teve de ser cancelado e remarcado, assim como o concurso do Estado.
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4 Comentário(s).
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Marcio Dias 24.11.09 12h24 | ||||
O MAIOR CONCURSO DE MT, VIROU A MAIOR BADERNA, MAIOR BAGUNÇA, MAIOR ANARQUIA, MAIOR DESESPERO, MAIOR INCOMPETÊNCIA, MAIOR VAIDADE, MAIOR ARROGÂNCIA, MAIOR BURRICE, MAIOR TRISTEZA, MAIOR FRAUDE, MAIOR VERGONHA, MAIOR MÁGOA, MAIOR DESCRÉDITO, ENFIM MAIOR DESASTRE ADMINISTRATIVO DA HISTÓRIA DE MT. PARABÉNS MAGGI, PARABÉNS GERALDO DE VITTO!!! PODE DEIXAR, A GENTE SE FALA NA ELEIÇÃO VINDOURA... | ||||
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Edinaldo S Silva 24.11.09 10h02 | ||||
É inacreditável o poder que a mídia exerce. O governo através da mídia é tido como um gestor competente pricipalmente pelo fato de pertencer ao setor empresarial. Pergunto, se fatos assim ocorresse em qualquer uma Empresa privada, a Da. Geysa continuaria a exercer tão importante cargo? Se fosse na Ammagi? Somente no Governo que coisas assim acontece. Simplesmente inacreditável! | ||||
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Andrea Godoy 24.11.09 09h47 | ||||
É muita incompetência da parte de quem manteve essa senhora no cargo dela depois do que aconteceu ! tudo leva a crer que foi ela quem vazou a prova para o sobrinho. | ||||
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PAULO ROBERTO DOS SANTOS 24.11.09 09h21 | ||||
Conheci este Samuel na Polinter em 2005. Percebia se tratar de alguém que se auto-responsabilizou (laranja) pelos atos desonestos praticados pela Tia. Se o entrevistarem perceberão se tratar de alguém incapaz, excepcional, com mente débil. Acho inadmissível esta senhora ainda está a frente da coordenação de vestibular e concurso, ela deveria é está presa. | ||||
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