Cuiabá, Terça-Feira, 5 de Agosto de 2025
APÓS SENTENÇA
04.09.2018 | 09h22 Tamanho do texto A- A+

Vídeo mostra réu atirando garrafa em juiz no interior de MT

Caso ocorreu na última sexta-feira (31), após magistrado ler sentença condenando acusado a 30 anos

Reprodução

Momento em que o réu jogou garrafa d'água em juiz

Momento em que o réu jogou garrafa d'água em juiz

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Imagens do circuito interno de segurança da Câmara de Vereadores de Nova Monte de Verde (935 km de Cuiabá) mostram o momento em que o réu Odinei Batista de Jesus, de 25 anos, joga uma garrafa d’água no juiz Bruno Cezar França, após sua condenação.

 

O caso ocorreu na sexta-feira (31), no tribunal do juri da cidade, que foi realizado nas dependências do Legislativo. De acordo com o boletim de ocorrência, Odinei Batista ficou revoltado com a sentença que o condenava há quase 30 anos de prisão e tentou agredir o magistrado.

 

Aos 23 segundos do vídeo, é possível ver o momento em que o réu – vestido de amarelo - joga a garrafa no magistrado, que se abaixa. Logo em seguida, policiais tentam conter Odinei e o retiram da sala de audiência. 

 

O boletim de ocorrência diz que além da agressão, o homem ainda xingou o juiz e o ameaçou. "Você merece morrer, vocês jurados, merecem morrer”, disse.

 

Na segunda-feira (3), o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Rui Ramos Ribeiro, foi até o Município e condenou a agressão.

 

"O Tribunal de Justiça, como ente do Estado, não pode se omitir a esse tipo de ocorrência. Tanto o juiz togado quanto aqueles que compõem o júri – que são pessoas da comunidade - não podem ser afrontados dessa forma. O culpado não sairá impunimente e nós não deixaremos isso de lado. O Estado precisa dar a resposta mais rápida e mais veemente possível”, alertou Rui Ramos.

 

Veja vídeo

 

 

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adauto  04.09.18 10h40
Observei com atenção o vídeo. A rigor, quando o magistrado no Tribunal do Júri vai ler a sentença, o réu é colocado à sua frente de pé, cuidadosamente vigiado por dois policiais militares, um em cada lado. Penso que essa cautela não foi observada, até porque o réu naquele instante estava sentado ao lado do seu ilustre defensor. Atuo em júris há décadas e nunca vi nada igual. Lamentável tamanha agressão ao Poder Judiciário Mato Grossense.
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