“Se não receberam tudo e ficaram quietos, podem ganhar menos”

O candidato ao Governo Mauro Mendes (DEM) disse considerar alto os R$ 500 milhões repassados anualmente para a Assembleia Legislativa como duodécimo – repasse constitucional para bancar as despesas dos Poderes e instituições do Estado.

Segundo Mendes, durante alguns meses entre 2016 e 2017, a atual gestão atrasou os repasses aos Poderes e, mesmo assim, nenhum deles teve problemas para pagar as contas de cada instituição. Para o candidato, isso demonstra a possibilidade de redução desses valores.

“Para a Assembleia Legislativa, eu considero muito dinheiro. Porque a Assembleia não tem que comprar remédio, não tem que fazer obra, não tem que cuidar de escola, não tem que cuidar de estrada. Então, nós vamos debater isso na campanha”, disse Mendes durante entrevista à TV Vila Real.

Eles já reduziram, porque deixaram de receber muita coisa do Executivo e ficaram quietos. Se deixou de receber muita coisa e ficou quieto, é porque podia receber menos

“Vamos ser justos. Nesta atual legislatura, eles já reduziram, porque deixaram de receber muita coisa do Executivo e ficaram quietos. Se deixou de receber muita coisa e ficou quieto, é porque podia receber menos”, afirmou.

Conforme o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2019, o Legislativo deverá ter um orçamento de R$ 506 milhões. Para o Tribunal de Justiça estão previstos repasses que totalizam R$ 1,016 bilhão. Já ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), foram reservados R$ 506 milhões.

Para o Ministério Público Estadual, está previsto o repasse de R$ 410 milhões. Outros R$ 126 milhões devem ser encaminhados à Defensoria Pública.

Caso eleito, Mendes disse que irá debater com os Poderes esses valores. Antes, afirmou que irá fazer o “dever de casa” e reduzir os gastos do Executivo.

Segundo ele, o objetivo não é bater de frente com as instituições do Estado.

“Não pretendo fazer nenhum tipo de enfrentamento, de brigas e confusões. Agora, diálogo, conversa, mostrar a dura realidade que o Estado tem hoje, quero fazer. Está faltando dinheiro para comprar remédio para a Farmácia de Alto Custo. O que podemos dizer é que, em 2015, houve uma elevação muito grande dos repasses para os Poderes”, disse.

“Todos precisaremos economizar. Vou dar o exemplo, cortar na própria carne, fazer o dever de casa no Executivo. E, aí, pedir, implorar, mostrar que todos deverão cooperar para tirar Mato Grosso do atoleiro que se encontra hoje, principalmente nas questões financeiras e na péssima prestação de serviços ao cidadão”, completou.