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08.10.2018 | 09h36 Tamanho do texto A- A+

Deputado ultraconservador reduz votação e fica fora da Câmara

Victório Galli usou mandato para pregar bons costumes, mas foi acusado de manter servidora fantasma

Alair Ribeiro/MidiaNews

O deputado federal Victório Galli: não reeleito

O deputado federal Victório Galli: não reeleito

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O deputado federal ultraconservador Victório Galli (PSL), que ganhou destaque nacional pela antipatia que nutre pelo público LGBT , diminuiu o número de votos entre as eleições de 2014 e 2018, e não conseguiu ser reeleito para uma das oito cadeiras de Mato Grosso na Câmara Federal.

 

Quando foi eleito pela primeira vez, há quatro anos, o parlamentar havia conseguido 64.691 votos, sendo o penúltimo dos oito eleitos.

 

Desta vez, o parlamentar conseguiu 52.947 votos e mesmo com Nelson Barbudo (PSL) tendo 126 mil votos, Galli não conseguiu ser puxado pelo quociente eleitoral. Da eleição passada para esta, teve 11.744 votos a menos.

 

Em seu mandato, Galli combateu as causas LGBT no Brasil. Ele chegou a apresentar um projeto de lei na Câmara Federal que proíbe a adoção por parte de gays, lésbicas e transexuais.

 

O projeto propõe alterar um artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata do tema. Pela redação proposta por Galli, apenas casais heterossexuais teriam direito à adoção.

 

MidiaNews

Victorio Galli

O deputado federal Victório Galli, que teve 11 mil votos a menos

Em outra polêmica, o parlamentar afirmou que personagens da Disney, como Mickey Mouse e Rei Leão, são gays.

 

Aconselhou os pais a não permitirem que os seus filhos assistam aos desenhos animados da Disney, porque, segundo ele, “em todas as suas atuações eles fazem apologia à homossexualidade”. “A Disney é um zoológico de veados”, chegou a dizer.

 

Na cruzada contra a “inversão de valores”, o parlamentar se viu em uma saia-justa quando sua filha, a servidora do Estado Ester do Nascimento Galli, virou ré pelos crimes de furto qualificado e estelionato. 

 

Os crimes teriam sido cometidos entre os anos de 2008 a 2010 contra a empresa Grupo Atame, da qual era funcionária na época. Ela foi acusada de subtrair, junto com outros acusados, inúmeras folhas de cheques da empresa, somando R$ 32 mil. Ela teria arrombado a empresa e levado, ainda diversos talões dos bancos do Brasil e Itaú em nome, nove monitores LCD, de 17 e 18 polegadas, dois aparelhos datashow e documentos de veículos diversos.

 

Ela negou que tenha cometido o crime e classificou a denúncia de "absurda e covarde".

 

Outro episódio protagonizado pelo parlamentar foi quando um programa de TV flagrou uma servidora fantasma de seu gabinete. Ele se defendeu dizendo que não sabia que ela era fantasma e exonerou a acusada.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Filha de Galli e mais 8 viram réus acusados de furto e estelionato

 

TV flagra servidora "fantasma" em gabinete de deputado

 

Defensor avalia ação por danos morais contra Galli e Cidinho

 

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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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José Santana  09.10.18 13h56
Agora tera tempo suficiente para discutir sobre o sexo do Mickey mouse. Brincar com dinheiro público é fácil, quero ver brincar com o dinheiro seu.
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Cesar  09.10.18 13h28
Glória a Deuxxxxx!!!
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Evandro  09.10.18 13h26
Evandro, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
joão de Deus da Silva Filho  09.10.18 12h43
O povo acompanhou seu trabalho em Brasilia só votou contra a classe trabalhadora é cidadão ultra desinformado
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Terezinha de Jesus  09.10.18 11h19
Por isso ele perdeu, por não cuidar de sua vida e não usar seu cargo para cuidar de assuntos primordiais do povo. Ele se esqueceu que foi colocado no mandato pra cuidar da população q votou nele. Mesmo sendo crentes e evangélicos, deixou a desejar. Não fez nada em 4 anos, só perseguiu a população LGBT, e ainda ganhou muito voto. A Justiça divina tarde mas não falha. Foi ver o cisco no olho do vizim, enquanto o olho dele tem um toco de pau, dele e da filha, acusada de ser ladra. Que vergonha seu deputado!
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