No posto de secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer há mais de um mês, o ex-judoca David Moura tem como desafio conscientizar a iniciativa privada sobre a importância do investimento em atletas do Estado.
Historicamente, os esportistas mato-grossenses migram para outros estados em busca de maior estrutura e recurso. Para David Moura, essa é uma realidade do passado por conta do projeto Olimpus, que dá uma bolsa a atletas e técnicos e até premiação para quem for selecionado para as Olimpíadas.
Neste ano, por exemplo, sete atletas mato-grossenses vão para os jogos olímpicos de Paris, que tiveram início na sexta-feira (26).
“Há ainda essa cultura de que apoio ao atleta é uma esmola... É um investimento numa imagem que pode ser ligada a empresa. E para isso, o atleta muitas vezes precisa de uma ajuda para fazer com que as empresas entendam isso. E é uma das mensagens que carrego, tento ajudar”.
“Temos grandes atletas aqui no Mato Grosso, inclusive, indo para as Olimpíadas, que muitas vezes não têm um patrocínio fixo mensal. E a gente sabe que não é falta de dinheiro”, completou.
David Moura assumiu a Secel também com o desafio de romper estereótipo de esportista e provar que também tem um perfil voltado à cultura.
Confira os principais trechos da entrevista:
MidiaNews – O senhor passou anos nos tatames e, de uma hora para a outra, foi para os gabinetes. Como foi essa transição?
David Moura – Está sendo sensacional, uma oportunidade incrível de viver coisas e aprender todo dia como é que funciona realmente na prática o Estado.
Eu tive a oportunidade de começar com na adjunta de Esporte e a transição para secretário da pasta foi de uma maneira mais tranquila. O entendimento nessas últimas semanas é incrível, principalmente com relação às possibilidades de fazer coisas boas pela população.
A cultura do Estado é gigante. O que vejo de potência cultural e para o esporte... E eu fico feliz de ter a confiança do governador Mauro Mendes para assumir essa pasta.
O entendimento do secretário é um pouco diferente do adjunto, as responsabilidades são maiores, como diz o Homem Aranha: “grandes poderes, grandes responsabilidades”. Mas estou muito feliz, empolgado e pronto para me dedicar.
MidiaNews – O senhor vem do esporte, o setor da cultura não vai estar abandonada sob sua chefia?
David Moura - É natural uma expectativa baixa por eu ter vindo do esporte, mas é ao contrário. Preciso me dedicar muito mais à cultura nesse momento, porque o esporte eu já conheço.
Faço o melhor possível para as duas partes, mas preciso falar muito mais, entender muito mais, buscar mais informações e estar mais em contato com a comunidade da cultura para que possa ajudar da melhor forma possível.
Esse é um desejo: surpreender, fazendo o possível para desenvolver o máximo possível da cultura no nosso estado. E a gente tem um time incrível lá, um time apaixonado.
MidiaNews - Sente falta das competições?
David Moura – Zero. Talvez eu sinta falta dos momentos que vivi nas viagens com os amigos. Lembro de muita coisa, com saudade, mas estiquei bem a corda. Eu ia me aposentar em 2020, veio a pandemia da Covid, a Olimpíada, e tive mais um ano. Teve o falecimento do meu pai no meio do caminho e me aposentei muito bem. Resolvido, feliz, leve com sensação de dever cumprido.
Mas hoje treino por diversão, posso errar, não tem problema nenhum. Já provei o que tinha que provar, então só me divirto.
MidiaNews - Em 2027, Cuiabá recebe a Copa do Mundo Feminina. Não acha que seria um bom momento para fortalecer a modalidade em Mato Grosso?
Victor Ostetti/MidiaNews
"Essa Copa do Mundo com certeza vai ser uma cereja do bolo para o estado, para a Arena Pantanal", diz David Moura
David Moura - Sem dúvida. É um momento incrível, que vai trazer uma luz especial para o futebol feminino e já temos times se destacando. Essa Copa do Mundo com certeza vai ser uma cereja do bolo para o estado, para a Arena Pantanal. A gente precisa deixar o nosso salão de festa pronto pra receber o campeonato.
MidiaNews - O que pode melhorar na Arena Pantanal?
David Moura - A iluminação é antiga. A gente conseguiu contratar o pessoal de limpeza que não tinha, era tudo feito pelos reeducandos. E há demandas estruturais, porque a Arena é muito grande, é uma pia que estragou, é um banheiro que não dá descarga... A gente já tem liberação do governador para trocar a iluminação da Arena, que demora em ligar. Estamos nesse processo de fazer essa troca por uma iluminação mais moderna, de LED.
MidiaNews – Então não haverá mudanças no gramado, por exemplo?
David Moura - O gramado precisa de um cuidado constante, precisa ter o controle de quantos jogos vão ter. Há uma dificuldade de iluminação, por que o sol não pega como deveria em determinado ponto do gramado. Tudo isso é trabalho constante e o gramado não é uma preocupação. Mas tem manutenções que a gente tem que fazer.
MidiaNews – O senhor está em uma Pasta que já fez um deputado, o Beto Dois a Um, e o adjunto de Cultura é pré-candidato a vereador que é o Jan Moura. Já pensou ou pretende disputar alguma vaga em 2026?
David Moura – Hoje, estou dentro de um grupo que já temos candidatos. Sou muito novo e faço parte de um time, isso significa que a gente joga para que o time vença.
O Beto Dois a Um é um grande amigo, um mentor, acredito no mandato que ele está fazendo, no projeto que ele executa. E hoje a minha posição é apoiar esse grupo.
MidiaNews – Então, se for convocado, irá?
David Moura - Nesse contexto, não. Eu não disputaria, por exemplo, contra o Beto de maneira nenhuma. Hoje tenho uma proximidade muito grande e uma ajuda muito grande para fazer esse bom trabalho do Fabio Garcia, que é meu primo e me ajuda da melhor forma possível para que eu traga bons resultados para a Secretaria. Tenho apoio do Mauro Mendes, da Virginia Mendes.
Meu objetivo real é: ser um bom secretário sem pensar nisso. Porque quando você começa a pensar em eleição, toma decisão diferente, age diferente, e eu não quero fazer isso.
MidiaNews - Temos visto que o Governo do Estado tem investido nos esportes olímpicos por meio do projeto Olimpus. Do que se trata este programa?
David Moura - O Projeto Olimpus é um projeto que engloba várias categorias e tipos de apoio para o esporte. Começou com atletas de nível internacional, nacional, base, estudantil com apoio financeiro mensal, que é algo incrível.
Hoje, temos mais de 488 atletas contemplados que recebem todo mês, no mesmo dia, sem atraso. E isso é um apoio para que o atleta consiga se desenvolver no esporte, investir na própria carreira e ter uma condição de comprar material ou se alimentar melhor... A maioria dos nossos atletas vem de famílias de renda baixa e vemos que é o recurso faz muita diferença na família toda.
Na sequência foi criada a Bolsa Técnico, que a gente entende que o técnico que está nas quadras, no tatame, na piscina, abre mão do seu tempo, e muitas vezes tem que fazer uma viagem para acompanhar o atleta. Temos mais de 85 técnicos contemplados.
E o programa também contempla o prêmio Olímpico, que é um dinheiro relacionado à convocação para a Olimpíada e a medalha Olímpica. São R$ 30 mil para o atleta convocado para a Olimpíada e R$ 10 mil para o técnico. E para a medalha olímpica é mais um prêmio de R$ 100 mil, que é incrível para atletas mato-grossenses que nasceram e viveram aqui, mesmo que estejam representando outro estado, e atletas de outros estados mas moram em Mato Grosso. É um projeto maravilhoso, exemplo no Brasil.
MidiaNews - Diferente dos grandes centros, as empresas privadas aqui em Mato Grosso não enxergam o apoio financeiro aos atletas. Isso é uma problemática, não acha?
David Moura - Há ainda essa cultura de que apoio ao atleta é uma ajuda, uma esmola... Dizem: “Você vai para competição, toma R$ 300 ou R$ 400”. Isso é legal, mas grandes empresas precisam entender, e já começaram a entender, que é preciso mudar essa cultura de que é um investimento para um atleta.
É um investimento numa imagem que pode ser ligada a empresa. E para isso, o atleta muitas vezes precisa de uma ajuda para fazer com que as empresas entendam isso. E é uma das mensagens que carrego, tento ajudar. Temos grandes atletas aqui no Mato Grosso, inclusive, indo para as Olimpíadas, que muitas vezes não têm um patrocínio fixo mensal.
E a gente sabe que não é falta de dinheiro, talvez falta só de entendimento e de um porta-voz para vender. De alguma forma, tento ajudar os nossos atletas e ajudar os empresários que tenho contato a entender isso e aos poucos a gente tem mudado essa cultura.
MidiaNews – Com a aplicação de incentivo aos atletas, acredita que Mato Grosso possa ganhar uma medalha nas Olimpiadas?
David Moura - Arrisco dizer que no futuro com certeza. Porque a gente que acompanha o dia a dia e vê que talentos a gente tem muitos e o atleta realmente precisa de dinheiro para ir para as competições, para se desenvolver.
Ir para as competições é algo caro e eu tenho me reunido com vários atletas não só olímpicos, porque temos muitos talentos em modalidades não olímpicas, como Jiu Jitsu, Karatê, Baseball. São atletas sensacionais e que precisam desse apoio para se desenvolver.
MidiaNews - E o atleta ter uma dignidade financeira o ajuda até psicologicamente.
David Moura – O atleta precisa ter paz para poder treinar e saber que vai para competição. Hoje, em Mato Grosso tem várias formas de ajudar o atleta fora do projeto Olimpus.
E isso faz toda a diferença, porque o atleta precisa da competição para se motivar. E uma das grandes ideias também é criar ídolos para os outros atletas, se espelharem e saberem que quando chegarem nesse nível terão o apoio do estado e a possibilidade de sonhar.
MidiaNews - Vocês têm metas estabelecidas, um número x de atletas para chegar às Olimpíadas?
David Moura - A gente quer sempre melhorar, temos a síndrome da próxima luta. Independente da meta que a gente alcance nas próximas Olimpíadas a gente sempre quer melhorar.
É preciso entender que o ir ou não à Olimpíada, não depende só do atleta, só do esforço, só da disciplina... Eu tenho pensado bastante em formas de a gente ajudar os atletas contemplados também com relação a avaliações físicas através de parcerias com cientistas que podem fazer esse estudo, essas avaliações, para ajudar a trazer esses técnicos. Eu vivi isso lá em 2010 e nos testes que foram feitos em mim descobrimos algumas deficiências físicas que poderiam ser corrigidas.
E isso me possibilitou treinar mais, melhor e a conseguir os resultados que eu tive e hoje eu vejo quanto isso foi importante.
MidiaNews - Um dos grandes nomes do atletismo brasileiro, Vicente Lenilson, tem um trabalho importante desenvolvido aqui na cidade. Como enxerga o trabalho dele?
David Moura – Ele e a Cida, que é a esposa dele, tem filhos maravilhosos e atletas, e cuidam, por exemplo, no Instituto Vicente Lenilson, da Lissandra Maysa, que está indo para a Olimpíada.
O Vicente é um ídolo, medalhista olímpico. Tive a oportunidade de conviver com ele no Exército em um programa que a gente participou junto, fomos sargentos temporários. Ele é um cara apaixonado pelo que faz e tecnicamente não tem nem o que dizer. A Cida também é uma atleta olímpica. Esses dois são gigantes.
Agora, com a Lissandra indo a Olimpíadas representar Mato Grosso... Ela é um exemplo de que não precisou sair daqui, apesar de vários convites e oportunidades, ela entendeu que aqui tem os técnicos, toda preparação e também temos o COT da UFMT, que é um espaço em primeiro mundo.
Ela tem a Cida e o Vicente a treinando diariamente e o apoio financeiro do Governo do Estado, e a gente consegue mandar ela para viagens, como o circuito europeu, onde ela conseguiu pontuar para hoje poder estar na Olimpíada.
A gente fica muito feliz de ver o esporte crescer, se desenvolver e com essas possibilidades acontecendo aqui dentro do estado.
MidiaNews - Além da Lissandra Maysa, haverá mais algum representante de Mato Grosso nas Olimpíadas?
David Moura – Temos dois atletas do Rugby, o Almir dos Santos que é do atletismo e representa o Sul. Na paraolimpíadas, pelo judô, temos o Arthur Cavalcante e a Érika Cheres, com possibilidades de ganhar medalha, inclusive, de ouro.
São sete atletas, senão me engano, que representarão o nosso estado no maior evento esportivo do planeta. É o sonho de todo grande atleta.
E o acho que o mais importante disso tudo é ir representar e estar numa Olimpíada. Isso é incrível! Eu, por exemplo, não tive essa oportunidade. Eu briguei por uma vaga em 2016, mas não consegui. Depois tive bons resultados, alcancei várias metas e objetivos, mas não tive essa oportunidade.
Vou ter agora uma oportunidade de comentar as Olimpíadas e viver elas de outra forma.
MidiaNews – Com o COT da UFMT apto para competição internacionais, acha que o atletismo de Mato Grosso poderá ter um salto de qualidade?
David Moura - Já está tendo. A gente enxerga que é um ganho gigante para todo o estado, não só no sentido de treinamento, é uma pista que foi considerada uma das melhores do Brasil. O COT nos deu a possibilidade de trazer um campeonato do Brasileiro Sub-23, possibilitou trazer o troféu Brasil, que é a maior competição do atletismo nacional.
E com o sucesso dessa pista e das condições climáticas, dos recordes que foram batidos, trouxemos o Ibero-Americano de Atletismo, que foi onde os nossos atletas puderam competir em casa. É maravilhoso, não só para os atletas que competiram, mas para todos os atletas do interior que sonham em ser um grande atleta.
Isso, sem dúvida, dá um gás maior. Lembro quando eu era criança de encontrar o Aurélio Miguel, que é um campeão olímpico. Aquilo acende no atleta um “bichinho” que diz: “Eu quero ser como esse cara”.
E isso [trazer competições para o COT] são resultados que a gente vai ver mais para frente. Mas com certeza faz toda a diferença.
MidiaNews - Na semana passada, o Cuiabá inaugurou mais uma etapa do seu centro de treinamento, que custa R$ 50 milhões, ampliando ainda mais a distância para os outros clubes do Estado. Há algo que possa ser feito para que os outros times não fiquem tão para trás?
David Moura – Convivendo com o Cristiano Dresch, o presidente do Cuiabá, eles sim tem bastante dinheiro e formas de investir, mas isso foi construído. Eles pegaram o Cuiabá, sem toda essa relevância, e vieram construindo, investindo, e é o que eles continuam fazendo. Na verdade, isso foi um exemplo.
MidiaNews - Mas então faltou inteligência para os outros times cresceram?
David Moura - Não, muitas vezes faltam as condições mesmo. O time tem que ser construído, inclusive financeiramente. É necessário dinheiro para contratar técnicos, atletas... E hoje a gente vê a diferença que faz, inclusive, com o apoio do patrocínio que o estado dá para esses times, que faz elevar o nível dos times. É um baita de um ponto de partida para os times menores.
Eu tive oportunidade de visitar o centro de treinamento e os atletas terão uma estrutura de primeiro mundo, nível Europa. E apesar de eles terem muito dinheiro é um esforço para o futuro.
Tem estados com dois, três times na série A e o objetivo é que daqui a pouco a gente tenha mais times.
MidiaNews – O empresário Dorileo Leal comprou o Mixto, em 2022, e disse que em 10 anos gostaria de ver o time na série B ou A. Crê que isso ters dois times de Mato Grosso na série A do Brasileirão pode acontecer?
David Moura – É possível, mas são tantas variáveis que não tem como firmar. Acredito que o patrocínio de Mato Grosso dá para os times um pontapé inicial, é uma ajuda que possibilita esse sonho de acontecer.
Mas, o alto rendimento é assim: quanto mais você vai conquistando resultados, mais parceiras aparecem. Quanto mais você aparece, mais dinheiro consegue receber. E o Cuiabá foi o primeiro a entrar nesse ciclo.
Quando se está Série A, você tem mais visibilidade, mais patrocínios, mais apoiadores, mais dinheiro entra e mais você pode investir. Mas nada garante [a vitória]. O atleta e os times, o alto rendimento não é fácil, não é para amadores.
MidiaNews - Nesta semana começam os Jogos Olímpicos de Paris. Não ter disputado uma Olimpíada lhe traz algum tipo de frustração?
David Moura - Não, de maneira alguma. Tive uma carreira incrível. A cada passo ficava maravilhado com o que eu tinha alcançado. Sempre pensei: “Se eu parar agora já está sensacional”.
Me lembro quando conquistei minha vaga para ir para os Jogos Pan-Americanos em 2015 e eu consegui ser campeão. E ali eu pensava: Voltei a fazer judô com 19 anos em Cuiabá, na antiga ETF e rapidamente consegui chegar na Seleção Brasileira. Meu pai foi da Seleção Brasileira, então tinha todo um aspecto emocional.
Sempre fui muito motivado pela vida do atleta e sempre fui motivado pela ideia de viajar o mundo todo através do esporte. Ou seja, claro que queria ter ido a Olimpíada, mas cheguei a ser o número 1 do mundo.
E foi incrível, só alegria, frustração zero. E falo sempre para todo mundo que vale a pena. A gente não pode colocar nossa felicidade de uma carreira em um único objetivo.
MidiaNews - Qual feito te dá mais orgulho: o Pan de Toronto em 2015 ou o vice campeonato mundial de 2017, perdendo para a lenda Teddy Riner?
David Moura – Mais me orgulho é o vice campeonato mundial. Era um sonho desde o início. Eu vivi uma tristeza e frustração de não ter ido às Olimpíadas em 2016, pois perdi a vaga pro Rafael Silva e aquilo transformou minha vida em vários sentidos, mas falei: “Então, vou para a próxima”. E eu resolvi provar, para mim mesmo, que eu era melhor.
E logo depois das Olimpíadas, em 2017, foi o melhor ano da minha carreira. Conquistei um Grand Slam e fiz a final do mundial contra o francês Teddy Riner, que foi uma lenda do esporte.
Eu lembro que fui entrevistado depois do Mundial e um repórter francês me disse: "Você hoje é considerado o melhor do mundo, porque o Teddy Rene é considerado de outro planeta".
MidiaNews – Perder para ele então não foi uma frustração?
David Moura – Eu fiquei 10 anos na seleção. A gente aprende que a felicidade na competição é em entregar o nosso melhor. Se tem alguém melhor que você, não gera tristeza, gera uma motivação para treinar mais e ser melhor.
MidiaNews – E no esporte, às vezes, você pode até ser tecnicamente melhor, mas o momento e fator sorte também contam.
David Moura - Sem dúvida. Eu tive a oportunidade de ganhar de atletas que eram melhores do que eu, que naquele dia consegui ser melhor. Assim como perdi também para atletas que eu não poderia perder, em teoria. E é essa a grande graça e tempero do esporte.
Você vai assistir uma Olimpíada onde quase qualquer um pode ser campeão. A gente brinca que o tatame escorrega para todo mundo.
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