Cuiabá, Quarta-Feira, 12 de Novembro de 2025
DESVIOS NO TJ
12.11.2025 | 18h15 Tamanho do texto A- A+

Advogados compram Ranger após operação; Polícia pede sequestro

Wagner Vasconcelos e Melissa França Praeiro Vasconcelos foram alvos da Operação Sepulcro Caiado

Reprodução

O casal Wagner e Melissa Vasconcelos de Moraes, sócios da França & Moraes Sociedade de Advogados

O casal Wagner e Melissa Vasconcelos de Moraes, sócios da França & Moraes Sociedade de Advogados

PEDRO COUTINHO
DO OLHAR DIRETO

A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso encaminhou à Justiça nova representação pedindo sequestro de um veículo pertencente à França & Moraes Sociedade de Advogados, empresa ligada aos advogados Wagner Vasconcelos de Moraes e Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, casal alvo da Operação Sepulcro Caiado, desencadeada contra esquema que teria desviado R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça.

 

O pedido foi protocolado no último dia 11 de novembro e solicita a inclusão de uma caminhonete Ford Ranger no rol de bens já constritos na decisão que autorizou a ofensiva e ordenou a indisponibilidade de vários bens dos alvos.

 

Segundo o documento obtido pelo Olhar Direto, o veículo foi adquirido pela sociedade de advogados em 22 de julho de 2025, um dia antes da decisão que autorizou o bloqueio e sequestro de outros bens do casal e de empresas a eles vinculadas, proferida pelo juiz Moacir Rogério Tortato.

 

Na ocasião, o magistrado bloqueou R$ 21.7 milhões, veículos de alto padrão e 48 imóveis entre fazendas, apartamentos em São Paulo, lotes, terrenos, casas em condomínio de luxo de Cuiabá. Em nome do casal Wagner e Melissa, o magistrado indisponibilizou três apartamentos em edifícios de alto padrão em Cuiabá, uma casa em condomínio de alto padrão na capital, e um lote no Alphaville 2 e outro no Jardim Primavera.

 

Agora, diante da nova descoberta, a autoridade policial afirma que, à época do primeiro pedido, não havia conhecimento sobre a aquisição do veículo, mas que o bem se enquadra na mesma base fática e jurídica que motivou a constrição patrimonial anterior. Por isso, solicitou o bloqueio imediato do automóvel junto ao Detran-MT e a expedição de mandado de busca e apreensão, caso o bem não seja localizado.

 

A representação foi feita na ação que apura supostos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de capitais no esquema que teria desviado cerca de R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso por meio de execuções judiciais fraudulentas. O Ministério Público denunciou, em 22 de outubro, 11 pessoas ligadas ao grupo investigado, entre elas os advogados Wagner e Melissa Vasconcelos, o empresário João Gustavo Ricci Volpato, apontado como líder da organização, e o servidor do TJMT Mauro Ferreira Filho.

 

A denúncia foi apresentada pelo promotor Adriano Alves, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Mesmo com o inquérito já convertido em ação penal, a nova representação policial indica que a Polícia Civil segue apurando fatos complementares relacionados ao patrimônio dos denunciados, o que poderá culminar em uma nova fase da operação.

 

Além disso, no âmbito da denúncia, o promotor Adriano Alves, chefe do Gaeco, ordenou a abertura de inquérito suplementar para apurar a prática de lavagem de dinheiro possivelmente cometida pelo casal Wagner e Melissa, e o clã Volpato

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia