Cuiabá, Sexta-Feira, 8 de Agosto de 2025
INQUÉRITO CIVIL
15.01.2018 | 14h20 Tamanho do texto A- A+

MPE investiga incentivos fiscais ao Malai Manso Resort

Empresa foi beneficiada na gestão Silval e só desenquadrada em 2017, no Governo Taques

Divulgação

O resort está localizado às margens do Lago de Manso

O resort está localizado às margens do Lago de Manso

DIEGO FREDERICI
FOLHAMAX

O Ministério Público Estadual (MP-MT) abriu um inquérito civil para investigar a concessão de incentivos fiscais ao Malai Manso Resort – um complexo hoteleiro e de entretenimento localizado às margens do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (110 km de Cuiabá).

 

O MP-MT alega que as contrapartidas propostas pela organização, como a geração de empregos por exemplo, seriam “ínfimas”. 

 

“Considerando que o objeto do acordo firmado entre a Maluí Manso (atual Malai) com o Estado de Mato Grosso apresenta contrapartidas ínfimas quando comparadas ao incentivo fiscal concedido, indicando que o empreendimento foi contemplado em verdade com a outorga de ICMS”, diz portaria do Ministério Público Estadual.

 

A determinação foi assinada pela promotora Ana Cristina Bardusco no dia 28 de dezembro de 2017. Segundo a portaria, o Malai Manso, por ser uma prestadora de serviço e recolher o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), não beneficiaria a cadeia tributária proposta pelo programa como as organizações que recolhem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Ana Cristina Bardusco

Promotora Ana Cristina Bardusco

“Ao que tudo indica, o recolhimento do ICMS incentivado, caso tenha ocorrido, se restringiu ao pactuado no acordo, sem prolongamento da cadeia tributária, ante a parca possibilidade de circulação de mercadorias após o encerramento das obras de instalação”, revela o MP-MT.

 

O Malai Manso teria sido incentivado ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), porém, foi desenquadrada apenas em 2017, no terceiro ano de Pedro Taques (PSDB) à frente do Poder Executivo de Mato Grosso.

 

Bardusco teria decidido abrir o inquérito após documentações enviadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT).

 

De acordo com a matéria, a pasta teria enviado ao MP-MT as informações relativas ao resort depois que a promotora de justiça fez uma série de recomendações à Sedec-MT, em novembro de 2017, após a constatação de fraudes que ocorreram na gestão Silval Barbosa na concessão de incentivos fiscais.

 

O outro lado

 

Por meio de assessoria de imprensa, os acionistas do Malai Manso afirmaram que todas as informações foram prestadas a época do Prodeic.

 

Eles ainda alegam que o inquérito do MPE ainda não chegou ao conhecimento do resort.

 

Confira nota na íntegra:

 

"Os acionistas e proprietários do Malai são três empresas, a saber:

 

PG Bongiolo Administração e Participações, acionistas Pedro Jacyr Bongiolo, Karita Bongiolo,

 

Keruse Bongiolo e Gustavo Bongiolo

 

Morro do Chapéu Empreendimento e Participação, acionista Jair Serratel e esposa

 

TBA Administração e Participação, acionista Ticiane Souza Maggi, Belisa Souza Maggi e André Souza Maggi

 

Esclarecemos que, durante a vigência do Prodeic, todas as informações foram prestadas de acordo com a legislação e que, até o momento, o Malai não tomou conhecimento de nenhum processo administrativo, ou de outra natureza, relativo ao assunto. Havendo necessidade de esclarecimentos adicionais, o Malai irá prestá-los às autoridades competentes."

 

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