A população LGBTQIA+ enfrenta desafios específicos quando o assunto é eleição. Falta de representatividade, desinformação, discursos de ódio e violência política são alguns deles. Por outro lado, este é um período que oportuniza o fortalecimento de sua representação e direitos. Pensando nisso, o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) realizam no próximo dia 22 de julho, às 8 horas, no Plenário do TRE-MT, a roda de conversa "Eleições e Diversidade: a Batalha pelos Direitos LGBTQIA+".
A iniciativa visa fomentar a discussão sobre a inclusão e os direitos da população LGBTQIA+ no cenário político-eleitoral brasileiro. O evento é gratuito e poderá ser acompanhado presencialmente pela população. A roda de conversa integra a programação alusiva ao Mês de Orgulho, em especial ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado dia 28 de junho.
Os procuradores da República Lucas Almeida Costa Dias e Matheus de Andrade Bueno, e a juíza Eleitoral do TRE-MT Emanuelle Navarro Mano se juntarão a importantes vozes da comunidade em Mato Grosso para debater o assunto: Luciene Neves, professora e doutora pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat); Menotti Griggi, coordenador de Comunicação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Cuiabá e o presidente da Associação da Parada, Clóvis Arantes.
A presidente do TRE-MT destaca que o compromisso da Justiça Eleitoral é assegurar o direito de todas e todos como forma de fortalecer a democracia. "Cada voto da comunidade LGBTQIA+ é um ato de cidadania, assim como ter representantes que abracem a luta de cidadãos e cidadãs. Quando todas as vozes são ouvidas, a democracia floresce. O respeito à diversidade é o caminho para resgatar a dignidade de quem luta, todos os dias, por uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma a desembargadora Serly Marcondes Alves.
“A diversidade de participantes busca enriquecer a análise dos desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIA+ no processo eleitoral e as estratégias para garantir sua representatividade e defesa de direitos”, destaca o procurador da República Matheus de Andrade Bueno.
Segundo o procurador da República Lucas Dias, a participação política da comunidade LGBTQIA+ é crucial para garantir que suas demandas sejam ouvidas e atendidas pelos governantes, seja através de candidatos ou de aliados que defendem suas causas. “Este evento se insere nas diretrizes de comunicação do MPF, buscando um diálogo claro, simples, acessível e simpático, sempre alinhado à cultura institucional”, informa.
Evento será aberto ao público e terá transmissão ao vivo para todo o país pelo canal do MPF no YouTube.
Debatedores
Lucas Almeida Costa Dias é coordenador nacional da Comissão de Gênero e Raça do MPF, e Emanuelle Navarro preside a Comissão Gestora de Políticas de Gênero no âmbito do TRE-MT. Luciene Neves integra o Núcleo de Antropologia e Saberes Plurais (NAPlus) da UFMT e participa do Grupo de Trabalho Temático de Gênero e Sexualidade do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE).
Menotti Griggi coordenou 10 edições da Parada da Diversidade Sexual de MT e é reconhecido por criar cursos, palestras e ações sobre saúde e cultura, além de oportunizar apoio jurídico à comunidade. Clóvis Arantes preside um dos principais grupos de auxílio à população LGBTQIA+ do país, o Livremente, fundado em 1995, além de integrar a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Comissão de Gênero e Raça
A ação faz parte do calendário de eventos da Comissão de Gênero e Raça do MPF/MT. O formato escolhido, uma roda de conversa com transmissão online e aberta ao público, busca inserir o maior de número de cidadãos no debate sobre o papel que a política desempenha na garantia dos direitos e na promoção da igualdade para o público LGBTQIA+.
Para a Comissão de Gênero e Raça, políticas públicas eficazes são ferramentas essenciais para combater a discriminação, garantir o acesso à saúde, educação, emprego e outros direitos fundamentais, além de promover a inclusão e o respeito à diversidade. "Por isso entendemos ser importante trazer esse tema para discussão, pois não só votar, mais saber escolher seus representantes, tem efeito prático na vida de todos,", conclui o grupo que forma a Comissão.
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