O terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o Japão nesta sexta-feira (11) foi o maior do país e o 7º maior da história. O tremor provocou um tsunami (onda gigante com potencial destrutivo) de até dez metros de altura que varreu a costa do país. Após o evento, foi dado alerta de tsunami em países da costa do Pacífico; a onda já chegou ao Havaí, sem provocar danos. O Ministério das Relações Exteriores diz que não há relatos de vítimas brasileiras.
Veja relatos de brasileiros que testemunharam o terremoto e o tsunami no Pacífico.
Achei que minha pressão estava caindo. Mas o tremor ficou mais forte, os pratos na cozinha começaram a cair. A janela tremia, parecia que ia quebrar. Deitamos no chão e a sirene da rua começou a tocar, junto de uma voz em japonês que dizia algo que não entendia. Olhei para fora e todos estavam evacuando os prédios. Quando as outras modelos chegaram em casa, estavam todas em pânico” - Bianca Ruiz, 19 anos, modelo, em Tóquio. Ela estava em seu apartamento, no 5º andar de um prédio, na hora do tremor, e desceu de pijamas para o térreo.
"Estávamos indo pra Osaka. Pegamos um terremoto muito forte. Está uma correria e um trânsito muito grande aqui", Jorge Wagner, jogador de futebol, ex-São Paulo. O jogo para o qual ele e a equipe do Kashiwa Reysol fariam pelo Campeonato Japonês foi adiado após o tremor.
"As casas que estavam perto, a gente só via assim, de um lado para o outro. E começou vidro quebrar, muro cair" - Milleanni Vasconcelos, 26 anos, mestranda, em Tsukuba, a cerca de 70 km da capital Tóquio. Ela passeava de bicicleta no momento do tremor.
"Vi tudo cair, as coisas das lojas, parte do teto. Foi um desespero até encontrarmos a saída de emergência. Logo pensei, vamos morrer todas juntas” - Marli Mariko Abematsu, 38 anos, em Ota (Gunma), a cerca de 100 km de Tóquio. Ela estava com amigas e as três filhas num shopping center na cidade de no momento do terremoto.
“Trabalho em fábrica de plásticos e a porta imediatamente travou. Três pessoas passaram muito mal. Naquele momento queria mais ajudar as pessoas que passavam mal. Teve uma colega que ficou bem ruim” - Cristina Freire, 50 anos, vive em Oizumi (Gunma).O abalo foi fortíssimo e há notícias de que tenha sido o maior em 100 anos. Mas apesar disso, o clima nas ruas é de serenidade. Não há pânico" - Marcos Galvão, embaixador do Brasil no Japão, em Tóquio.
"Estávamos no Centro de Pesquisa [para uma reportagem do 'Fantástico'] e, apesar de o terremoto ter sido mais fraco na parte do sul do Japão, a gente pôde perceber o prédio balançando na hora" - Roberto Kovalick, correspondente da TV Globo no Japão, em Kyoto.
"O fio de alta tensão que passa aqui perto rompeu e começou a entrar em curto-circuito. Foi um desespero grande" - Elson Roberto Ito, 41 anos, em Oizumi (Gunma). Ele é professor de uma escola brasileira e estava dando aula no momento do terremoto.
No Havaí
"O que mais impressionou foi a praia em frente ao hotal o mar ter secado, sumido e de repente ter entrado uma onda voltando o mar. Neste momento em que a onda recuou deu um pavor porque a gente não sabia o que viria. A onda entrou com força, cobriu toda a areia, mas aqui não houve destruição" - Luis Fernando Pedroso, surfista. Ele está de férias no arquipélago do Pacífico com mais quatro brasileiros, e estava no hotel no momento do tsunami
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