Nos últimos dias, um discurso ensaiado tentou transformar denúncias sobre suposta adulteração de notas em escolas estaduais de Mato Grosso em um ataque direto ao governo atual. A narrativa, apresentada pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT), soa alarmista, dramática e moralista, mas tropeça no mais básico dos obstáculos; a falta de coerência histórica.
Porque, antes de falar em “fraude educacional”, seria preciso que o deputado explicasse algo muito mais simples;
Onde estava toda essa indignação durante os anos em que o PT comandou a educação de Mato Grosso justamente o período que resultou nos piores indicadores da história recente do Estado?
O silêncio conveniente do deputado; quando a educação estava abandonada, ele não disse uma palavra
Barranco tenta agora se apresentar como guardião da moralidade educacional. Contudo, quando o PT administrou a Secretaria de Educação com o ex-secretário Ságuas Moraes, o cenário real foi:
•Mato Grosso despencando em qualidade;
•IDEB estagnado;
•Evasão escolar crescente;
•escolas sucateadas;
•falta total de planejamento estratégico;
•denúncias de precariedade na infraestrutura ignoradas.
Não houve denúncia por parte dele e nem dos porta-vozes do PT, ao TCE,
ao TCU, ao Ministério Público, discursos inflamados, nem textos indignados como o que ele produziu agora.
O que houve? Silêncio. Um silêncio ensurdecedor.
Porque o PT, naquele momento, estava no comando.
E quando o PT governa, a crítica some, a vigilância desaparece, e quem ousa questionar é imediatamente atacado como “inimigo da educação pública”.
O Sintep e sua aliança histórica com o PT: décadas de reivindicações corporativas e zero propostas estruturantes
O deputado acusa agora o Estado de “fraudar vidas”, mas ignora que, nas últimas décadas, o Sintep organização que ele defende, jamais apresentou um projeto consistente de melhoria de aprendizagem.
Sua pauta é conhecida:
•aumentos automáticos,
•resistência a avaliações,
•sabotagem de políticas de gestão moderna,
•boicote a indicadores que permitiriam comparar resultados,
Enquanto isso, nenhuma proposta séria para alfabetização, permanência, currículo, formação de professores ou modernização de gestão.
É legítimo defender trabalhadores, mas é irresponsável fingir que isso, por si só, melhora a educação.
É ainda mais grave quando alguém tenta se escorar em denúncias para destruir um modelo que, pela primeira vez em décadas, está elevando indicadores reais de aprendizagem em Mato Grosso, com dados auditáveis, publicados e acompanhados pelo MEC.
•A tática de sempre; criar escândalo para impedir que a educação avance.
O modus operandi é conhecido;
•Cria-se uma narrativa alarmista.
•Amplifica-se um caso pontual para parecer sistêmico.
•Pressiona-se instituições e opinião pública.
•Produz-se manchetes para tentar desgastar um governo popular, e não populista como eles são.
Coloca-se o Sintep como “defensor da moralidade”, embora nunca tenha defendido políticas de desempenho.
O objetivo real não é a educação.
O objetivo é político.
O PT e seus satélites têm pavor de algo simples,
que o Estado avance sem eles.
Porque, se os indicadores de aprendizagem continuarem subindo,
se as escolas de tempo integral continuarem se multiplicando,
se a evasão continuar despencando,
fica exposta a verdade incômoda, era possível fazer e eles não fizeram.
Sobre as denúncias: investigar? Sim. Usar isso para manipulação política? Não.
Todo processo de auditoria é bem-vindo.
Nenhum gestor sério teme apuração.
Toda denúncia deve ser verificada.
Mas é preciso separar:
apuração institucional, que deve ser técnica, discreta e responsável, mas uso político, é exatamente o que o deputado tenta produzir.
Não é investigando que Barranco pretende contribuir é surfando no desgaste de uma narrativa criada por ele mesmo. Se ele realmente estivesse preocupado com a educação pública, teria usado os cargos e mandatos que já ocupou para, propor políticas estruturantes, específicas.
O registro é claro: não fez. Nunca fez.
O futuro de Mato Grosso não será construído com o passado que o PT tenta reciclar
A educação de Mato Grosso avançou mais nos últimos anos do que em toda as duas décadas anterior.
E é justamente por isso que o PT tenta plantar dúvidas, criar ruído e desgastar a política educacional atual. Eles sabem que,
se a educação avançar, a narrativa do “nós defendemos a escola pública” desaba.
Porque o que sempre defenderam não foi a escola foi o sindicato.
E o sindicato, por sua vez, sempre defendeu apenas uma parte da educação:
a parte que lhe interessa politicamente.
Conclusão: falar de fraude é fácil; difícil é explicar por que nada foi feito quando o PT tinha a caneta
As denúncias apresentadas por Barranco serão investigadas, como devem ser.
Mas a sociedade mato-grossense não pode se deixar manipular por narrativas fabricadas para fins eleitorais.
Se há algo fraudulento nessa história, não são apenas as notas,
é a tentativa de reescrever o passado para esconder a própria omissão.
A verdade é simples:
Quando o PT comandava a educação, o deputado silenciou.
Quando o PT destruía indicadores, ele silenciou.
Quando o Sintep travava avanços, ele silenciou.
Quando MT finalmente começa a avançar, ele grita “fraude”.
Não é indignação.
Não é defesa da educação.
É campanha politiqueira travestida de moralismo tardio. O Lema do PT, aqui no MT, não encaixa:
“Acuse os do que você faz, chame-os do você é”
E Mato Grosso já amadureceu o suficiente para não cair nesse truque novamente.
João Batista de Oliveira é ex-secretário de Governo na gestão Blairo Maggi e ex-secretário de governo e comunicação na gestão Mauro Mendes.
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