Fatos em recentes anos, no Brasil e no exterior, mostram dados interessantes sobre autoridades politicas do momento. Começar com o caso Bolsonaro.
Ele filmou a tentativa de quebrar a tornozeleira eletrônica que usava. Mostrou isso, para que, é uma das perguntas? O que ganharia com isso? Tem montes de indagações sobre essa atitude do ex-presidente.
Se ele conseguisse quebrar a tonozeleira, deixaria em algum lugar e fugiria? Dirigindo um carro ou escondido? Se a tornozeleira estava na casa e sinalizando, ele conseguiria passar pela segurança e se refugiar em uma embaixada? A manifestação programada para aquele dia á trade em frente de sua casa fazia parte dessa tentativa?
Os seguranças que estavam dentro de sua casa não perceberiam nada? Os seguranças em frente da casa seriam todos engambelados? Duvida-se muito que ele, sem ou com tornozeleira, conseguiria passar por tantos seguranças.
Outra pergunta sobre ação de Jair Bolsonaro é aquela de, lá atrás, convocar embaixadores para falar que a urna eletrônica brasileira não era confiável. Já estava eleito presidente e empossado. Fora eleito por um sistema não honesto? Foi eleito deputado várias vezes, seus filhos também e nunca falaram nada sobre a tal urna fajuta. Por esse motivo que foi julgado e ficou inelegível. Até hoje não se entende porque Bolsonaro, já na cadeira de presidente, fez aquela convocação dos embaixadores.
Indo em frente com um caso atual da politica nacional. Dados recentes mostram que a rejeição ao Lula e a seu governo tem crescido. Última das pesquisas mostra uma rejeição com 51%. E, em tese, isso não poderia ocorrer tendo em vista números recentes sobre o país.
A inflação para este ano deve ficar em 4,43%. Num pais que já teve uma brutal hiperinflação, naqueles anos loucos do governo Sarney, ter inflação abaixo de 5% ao ano ajuda qualquer presidente a melhorar sua imagem. Não é o caso atual do Lula.
Mais dados do momento nacional. O desemprego está abaixo de 6% e em queda, a menor taxa desde 2012, diz IBGE. O PIB deve crescer 2.4%. E a extrema pobreza no país nos últimos anos, segundo o IBGE, caiu de 27% para 23% do total da população.
Dados que, em tese, deveriam beneficiar o governo Lula. Dados positivos e o governo em queda. A desaprovação dele não cai. Será que é sua maneira atuar, suas falas e comportamentos?
No plano externo, o recuo de Trump no tal tarifaço é outro dado da realidade do momento. A inflação cresceu nos EUA, aumentou o descontentamento por lá, o partido de Trump perdeu todas as eleições que disputou ate agora.
Será que Trump e seu time não perceberam antes que, ao aumentar tarifas, o produto chegaria mais caro ao consumidor do país e o descontentamento interno cresceria?
Talvez possa se dizer agora que o silêncio do partido Democrata de lá é porque sabiam que as medidas de Trump estavam erradas e trariam consequências politicas. Os Republicanos estão perdendo eleições em lugares diferentes do país.
Alfredo da Mota Menezes é analista político.