Ha mais de uma década, um apaixonado sonhador, chamado Carlos Haddad, conhecido como"Tuba", inicia uma desbravada idéia de sensibilizar gestores políticos, empresários, representantes sindicais e demais sociedade organizada a construir um autódromo em Cuiabá, mas na época, recebeu inúmeras portas na cara, respostas negativas e seu projeto foram até motivo de piada.
Alguns gestores o apoiaram fielmente para que a idéia saíssem do papel, vale destacar o empresário Carlos Trevisan, que chegou de ofertar ao governo a área de 50 hectares para construção do autódromo e o ex-prefeito Chico Galindo, que ofertou ao governador em 2012 contra partida do município para construção do empreendimento.
A época o Governo Estadual não manifestou interesse no projeto, como também alguns representantes de categorias empresariais, pois era período de copa do mundo e suas "obras", infelizmente um erro dos gestores, pois a copa passou e deixou um grande rastro de estrago em nossa capital, com obras superfaturadas e as que terminaram , viraram elefantes brancos, sem qualquer utilidade.
Outro exemplo de estrago da copa foram os empresários da rede hoteleira e que hoje sofrem com a retração do setor.
A construção de um autódromo na época levantada por Haddad era em torno de 30 milhões em investimento, que não pagava uma trincheira mal acabada; que foi construída em Cuiabá.
Os últimos eventos de etapa nacional a exemplo formula truck, stock car e outras nem tantas conhecidas em cidades com porte da capital, somaram em um único evento 50 mil pessoas; além do que poderia recepcionar inúmeros eventos de âmbito estadual, como encontros de carros antigos, tunning e arrancadão, moto velocidade, entre outras dezenas de provas de velocidades, ou seja, movimenta uma cadeia produtiva gigantesca, que vai de uber, taxi, restaurantes, bares, locadoras, hotelaria, entre tantos outros. Até o autônomo que vende o algodão doce e a pipoca se beneficiará com os eventos do autódromo.
Não podemos esquecer que tudo isso gera o famoso e tão requerido imposto aos cofres municipais da cidade de Cuiabá, Várzea Grande e do Estado.
O projeto do Autódromo de Mato Grosso em Cuiabá não é somente números financeiros, é social também, pois iria ofertar além de renda, empregos diretos e indiretos, sem falar que o empreendimento iria diminuir consideravelmente os inúmeros "rachas" de rua, que ceifam vidas de ciclistas e pedestres.
Haddad lutou incansavelmente , quando chegou a assumir uma cadeira no poder legislativo municipal, realizou audiências públicas com a sociedade e conseguiu o tão dificultoso apoio da CBA(Confederação Brasileira de Automobilista). Realizou eventos na cidade , a época com presença do piloto Raul Boesel entre outros.
Pré- Projeto da pista foi feito por empresa do setor sediada em São Paulo .
Apesar de tantas lutas , não conseguiu ver seu projeto sair do papel, mas foi um visionário, deixando a semente para futuras gerações darem continuidade ao projeto e cabe agora cobrarmos dos futuros gestores públicos que estão ai a postularem suas candidaturas para que vejamos o sonho dele e de tantas outras milhares de pessoas, se torne realidade e contribua com o crescimento econômico e social do nosso Estado.
Com alegria recebemos o início das obras do parque novo Mato Grosso, qual contemplará o autódromo, anunciado pelo governador Mauro Mendes em parceria com o grupo Bom Futuro . De forma de reconhecimento faço a sugestão ao Governador Mauro Mendes , que contemple o autódromo De Mato Grosso com o nome de Carlos Haddad.
Tuba, foi um Cuiabano, empresário, parlamentar e um visionário.
Quero aqui publicamente agradecer quem acreditou no projeto pioneiro de Carlos Haddad e a tantos outros, que acabei não mencionando neste artigo e deixar claro que o sonho de Carlos Haddad em construir um autódromo não morreu.
Alex Vieira Passos é advogado e empresário em Mato Grosso
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1 Comentário(s).
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EDILENE MACHADO 30.11.21 17h11 | ||||
MUITO BOM ESSE ARTIGO. GRANDE ALEX | ||||
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