Desde os anos 70 no Brasil, o agro brasileiro vem se desenvolvendo cada vez mais aliado com a ciência e a tecnologia, prova disso é a expansão da fronteira agrícola, a qual levou a soja ao cerrado, um bioma não tão apropriado a cultura, que só se desenvolveu com a tecnologia no setor agropecuário.
Isso é um exemplo de que a ciência sempre esteve aliada com o desenvolvimento do agro brasileiro e se torna indispensável, já que o mundo caminha a passos largos para a digitalização e integração em todas as áreas.
O agronegócio também não está ficando para trás e cada vez mais se observa o emprego de métodos computacionais e dispositivos tecnológicos que dão suporte a produção e a toda cadeia agropecuária. Esse suporte se dá, por exemplo, com a utilização de dados para auxiliar nas decisões que serão aplicadas no campo, proporcionando ao produtor elevar a produtividade da sua lavoura, melhorando a eficiência e rentabilidade.
Entre os diversos benefícios que a empregabilidade das tecnologias no campo traz, se destaca o fato de poder se reduzir os riscos na produção devido à maior previsibilidade de todos os fatores que cercam a cadeia, como por exemplo o maior uso de precisão nos dados meteorológicos, mapeamento de toda a lavoura e controle sanitário da cultura.
Assim esses elementos acabam por dar mais segurança ao produtor e podem até mesmo baratear a sua produção, já que diminui os riscos, sendo possível que, num futuro próximo, a utilização dessas ferramentas leve a baratear o crédito dado a quem se utiliza delas, não somente contribuindo para a expansão do uso, como reduzindo os custos da produção.
O uso de dados, a interatividade e a robótica estão aproximando o campo. O produtor no interior do Brasil troca informações com clientes internacionais, adquire produtos em plataformas exclusivas para sua atividade e consegue atualizar as ferramentas adotadas.
Atualmente somos referência em start up voltadas para o agro, com verdadeiros hubs aproximando os jovens cientistas dos produtores que estão lá na ponta. Do celular à colheitadeira, a distância é de um toque.
Incrível pensar que, num país que padece por meios de transportes mais baratos, por estradas seguras, há uma gama de produtores que controlam o número de sementes plantadas sem precisar estar no campo. São os paradoxos desta nação, que tanto alimento produz e ainda tem gente que passa fome.
Luciano Vacari é gestor de agronegócios.
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1 Comentário(s).
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| Brasiliano Brasil Borges 26.05.22 17h32 | ||||
| Luciano, Bem articulado e futurista. Excelente consultor e defensor do agro. Espero, acredito e constato, tal como você, que a ciência otimiza a produtividade e a rentabilidade no campo. O custo do crédito, entre outros fatores, é influenciado pelo risco. Portanto, com a ciência a postos, pode baratear sim | ||||
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