Recentemente, ao visitar a sede da AMAGGI em Cuiabá, pude compartilhar ideias e dialogar com profissionais que são referência no compromisso com um agronegócio sustentável, inovador e responsável.
Essa experiência reforçou minha convicção de que a integração entre ciência, ESG e comunicação estratégica é um caminho fundamental para projetar, para o Brasil e o mundo, o agro brasileiro como um setor cada vez mais alinhado às demandas globais por sustentabilidade, rastreabilidade e inovação.
ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), um conjunto de princípios que orienta organizações a atuarem de forma sustentável, ética e transparente. O conceito busca garantir que empresas gerem valor não apenas econômico, mas também ambiental e social, assegurando responsabilidade e compromisso com as gerações futuras.
A AMAGGI ocupa posição de destaque no cenário nacional e internacional ao adotar práticas pioneiras de rastreabilidade, combate ao desmatamento, agricultura regenerativa e investimentos em finanças verdes. Durante minha visita, pude constatar que seus compromissos ESG não são apenas discursos, mas se traduzem em ações concretas, monitoradas, certificadas e reconhecidas por entidades nacionais e internacionais.
Ainda assim, empresas rurais e agroindustriais de Mato Grosso e do Brasil continuam enfrentando desafios de imagem e reputação, especialmente no âmbito internacional, mesmo com toda a sua força produtiva e tecnológica. Muitas vezes, narrativas desatualizadas, distorcidas ou generalizadoras acabam ganhando alta visibilidade, desconsiderando evidências científicas e prejudicando a percepção do agro perante a sociedade.
É justamente nesse ponto que a construção de pontes entre universidades, empresas, governos e jovens talentos se torna decisiva para reforçar a legitimidade do agro como um setor responsável do ponto de vista social e ambiental e orientado com padrões elevados de governança
Ao final da visita à AMAGGI, saí convicto de que alianças entre a ciência e o setor produtivo são o melhor caminho para construir um agro brasileiro reconhecido globalmente como inovador, responsável e estratégico para o futuro do planeta.
A AMAGGI, com sua dimensão e visão de longo prazo, tem todas as condições de liderar este movimento ao lado de iniciativas acadêmicas. Conectados, podemos construir um legado transformador para o Mato Grosso, para o Brasil e para o mundo, sustentado em uma reputação baseada em ciência.
Lucas Oliveira de Sousa é PhD em Ciências Agrícolas (Universität Hohenheim), professor e pesquisador.
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