Cuiabá, Domingo, 13 de Julho de 2025
CLAUDYSON MARTINS
24.04.2023 | 05h00 Tamanho do texto A- A+

O controle de preços da Opep+

O mundo foi pego de surpresa, e a notícia surpreendeu até mesmo investidores do ramo

No início do mês a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu de forma inesperada anunciar um corte em sua produção no valor de cerca de 1,66 milhão de barris por dia, o que equivale a 3% da produção mundial do produto.

 

O mundo foi pego de surpresa, e a notícia surpreendeu até mesmo investidores do ramo.

 

O principal efeito do anúncio foi uma disparada nos preços do petróleo no mercado mundial.

 

Com isso, só nas primeiras horas do dia seguinte a decisão, o contrato futuro do petróleo Brent com vencimento em junho subiu 5,71%, a US$ 84,45, com alta de cerca de 8%, no início da sessão.

 

Analistas e especialistas confirmam que a Opep+ tem um poder de precificação muito significativo, e o corte surpresa é consistente com sua nova doutrina de agir preventivamente sem perdas significativas de participação de mercado.

 

Com a redução na produção, o mesmo produto estará disponível no mercado só que em quantidade menor, mas a demanda continua a mesma, logo, regra de mercado, menor oferta com a mesma demanda, o preço sobe e prejudica quem mais precisa do produto.

 

Acredito que se não houvesse essa entidade regulamentadora, os países produziriam o quanto poderiam, dessa forma aumentaria a oferta e sobraria petróleo no mercado, e novamente entraria em cena a lei da oferta e da procura. Assim, aumento da oferta, demanda variável como é, os preços seriam mais baixos.

 

O que me leva a pensar que a Opep+ está aí apenas para controlar o mercado, e agir basicamente para aumentar o preço do petróleo no mercado mundial. As companhias trabalham com especulação, e na base da hipótese, acharam que seus custos iriam subir, logo, automaticamente os preços subiram.

 

O mundo precisa de preços mais baixos para apoiar o crescimento econômico que tanto almejamos. No Brasil, principalmente, quase tudo tem em seu custo de produção o valor dos combustíveis, visto que nossa logística é em sua grande maioria feita nas rodovias, logo, um aumento no preço do combustível desencadeia uma subida geral de preços, desde alimentos até produtos básicos e essenciais para o nosso dia a dia.

 

Claudyson Martins Alves é empresário do segmento de combustíveis e vice-presidente do Sindipetróleo.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia



Leia mais notícias sobre Opinião:
Julho de 2025
12.07.25 05h30 » Ataque cibernético
12.07.25 05h30 » Perda de peso
11.07.25 05h30 » Menos horas, mais vida
11.07.25 05h30 » A lista sêxtupla da OAB
11.07.25 05h30 » O único talento
11.07.25 05h30 » Dia do Engenheiro Florestal
10.07.25 05h30 » A novela do IOF
10.07.25 05h30 » Embate sobre o IOF