Cuiabá, Domingo, 30 de Novembro de 2025
RENATO GOMES NERY
13.04.2023 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

O fim do mundo...

Não se discute doutrina da igreja ou das ideologias filosóficas e políticas

Dogma é um axioma, mandamento, doutrina, máxima, mistério, norma, preceito, prescrição, princípio, regra. Qualquer doutrina (filosófica, política etc.) de caráter indiscutível (Google). Não se discute a doutrina da igreja e nem das ideologias filosóficas e políticas, pois são dogmas inafastáveis e imutáveis.

 

Em nome deste preceito, a igreja manteve os fiéis analfabetos para não interpretarem a Bíblia, bem como se levou para as fogueiras da Santas Inquisição milhares de pessoas acusadas de terem ligações com o demônio.

 

Dentro deste mesmo diapasão, as ideologias extremadas torturam, fuzilaram e levaram para os Gulags e campos de concentração milhões de pessoas. É a fé levada às últimas consequências, determinando o destino das pessoas.   

 

O relatado parece coisa do passado, mas não é, pois temos que enfrentar, a todo momento, a intolerância de crenças religiosas e de ideologias que atentam contra a razão e as luzes da ciência e do saber. Enfim, é a luta eterna ente o bem e o mal que nos ronda insistentemente.  

 

“O comunismo é uma missão sagrada. Está acima de qualquer coisa, incluindo nossos laços familiares e nossa segurança pessoal”. Esta é a sentença proferida por um pai chinês, a um filho que foi acusado de traição, afirmando que ele não tinha mais filho, pois o seu compromisso era com aquela ideologia. Isto é relatado por Ken Follett no Livro Nunca, Editora Arqueiro/2021 – pag. 595. Esta e outras ideologias, onde se prega a fé cega e a intolerância, estão presentes em todo o mundo.

 

A guerra da Ucrânia é uma prova inconteste desta assertiva.

 

O referido livro é o relato de que caminhamos rumo a inevitável Terceira Guerra Mundial. “Mas à medida que pequenos atos de violência se sucedem e começam a ganhar escala, o início de uma nova guerra mundial parece uma certeza. E quando as grandes potências se enredam cada vez mais em uma complexa rede de alianças, a pergunta que se impõe é: quem será capaz de impedir o inevitável.”

 

E prossegue:

 

“Em minha pesquisa para escrever a Queda dos Gigantes, fiquei chocado ao perceber que a Primeira Guerra Mundial foi uma guerra que ninguém queria. Nenhum líder europeu de nenhum dos lados pretendia que ela acontecesse. Mas os imperadores e os primeiros-ministros, um a um, foram tomando decisões – lógicas e razoáveis -, cada qual dando um pequeno passo em direção ao conflito mais terrível que o mundo já viu. Cheguei à conclusão de que tudo foi um trágico acidente.

 

E me perguntei: poderia aquilo se repetir?”

 

Após terminar de ler, o referido livro, eu fiquei e ainda estou impressionado com a macabra hipótese que está rodando em círculos na minha cabeça. O livro é para quem se interessa pelo destino da humanidade.

 

Vale a pena ser lido para constatar a assertiva de que estamos sentados em cima de uma (s) ogiva nuclear ou mercê de uma que pode atingir qualquer parte do planeta em menos de meia hora.

 

Portanto, o fim do mundo pode começar qualquer momento, basta um vacilo!

 

Renato Gomes Nery é advogado.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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