Cuiabá, Quinta-Feira, 3 de Julho de 2025
MAURO MENDES
23.12.2020 | 08h15 Tamanho do texto A- A+

O Governo de Mato Grosso

Da quase “quebra” ao maior programa de investimentos de sua história

Meus amigos, nos últimos dois anos nós mato-grossenses passamos por períodos difíceis: desde um Governo do Estado que estava prestes a quebrar, a uma pandemia que ainda causa sofrimento a todos.

 

Mesmo em meio a tantas dificuldades, saímos maiores e as melhorias em todo o estado já são visíveis. Toda a dedicação a consertar Mato Grosso e à pandemia não nos desviou da nossa missão principal: investir naquilo que importa ao cidadão. Mato Grosso virou um grande canteiro de obras e, por meio do programa Mais MT, estamos realizando investimentos que vão totalizar R$ 9,5 bilhões até 2022.

 

Somente na Infraestrutura, estamos com mais de 1,2 mil km de asfalto novo contratado e 77 pontes, em todas as regiões, boa parte já entregue ou com previsão de entrega já no próximo ano.

 

O Vale do Araguaia, até então esquecido, concentra mais de 400 km de toda essa pavimentação. Estamos em andamento com milhares de quilômetros para serem concedidos à iniciativa privada, garantindo a qualidade das rodovias, e outras centenas de quilômetros de estradas sendo construídas e restauradas por meio de parcerias sociais com prefeituras e associações.

 

A previsão é que tenhamos mais de 2,4 mil km de asfalto novo contratado até 2022. E pelo menos cinco mil novas pontes devem ser construídas nesse período de tempo, substituindo as precárias pontes de madeira que tanto transtorno trazem à população. Será o maior programa de pontes de um estado brasileiro.

 

Fechamos o ano apresentando a solução para um pesadelo que assola a população há anos, com a substituição do VLT pelo BRT

E fechamos o ano apresentando a solução para um pesadelo que assola a população há anos, com a substituição do VLT pelo BRT – muito mais econômico, viável e vantajoso à população.

 

A Saúde também passou a funcionar. Com os repasses em dia aos municípios, o atendimento na atenção básica voltou a ser digno. Deixaram fechar a Santa Casa de Cuiabá, mas reinauguramos como Hospital Estadual Santa Casa. Ampliamos o Metropolitano em Várzea Grande.

 

Estamos reformando e modernizando os regionais de Sorriso, Sinop, Rondonópolis e Cáceres e vamos estender essas melhorias a todos os demais. Retomamos obras paradas há 34 anos, como a do Hospital Central, e a do Júlio Muller, que estava abandonada há 7.

 

E ainda construiremos três novos hospitais regionais: em Juína, Tangará da Serra e outro na região do Araguaia, locais onde há vazios de assistência à Saúde, que obrigam a população a percorrer centenas de quilômetros em busca de atendimento especializado.

 

Na Educação, 161 escolas estão com obras em andamento, sejam reformas, ampliações, construção de quadras poliesportivas ou até novas construções.

 

Por meio do Mais MT, vamos investir mais de R$ 900 milhões para melhorar as estruturas físicas e pedagógicas, dando condições de ensino e capacitação aos professores e servidores, e de aprendizado aos alunos, para que nossos índices melhorem. Instalar ar-condicionado em mais de 300 escolas que ainda não possuem climatização é só um exemplo.

 

Assim como na Segurança, que tem recebido investimentos maciços para ampliação de vagas no sistema prisional. Já ampliamos mais de 1400 vagas e devemos ampliar em até 4000 nos próximos anos, em sistemas que usam a tecnologia para trazer mais segurança e economia aos cofres públicos, o que garante também o cumprimento da pena e a ressocialização.

 

Compramos fardamento, encomendamos 3 mil pistolas Glock aos nossos militares e implantamos o rádio digital, impedindo os bandidos de ouvirem as conversas da Polícia. Vamos construir um Centro de Treinamento de Segurança Pública onde abandonaram as obras do COT do Pari. Além de novas viaturas, aeronaves e equipamentos às Forças de Segurança.

 

Temos e teremos muitos investimentos no Social, na Cultura, no Turismo, no Desenvolvimento Econômico, na Agricultura Familiar, no Meio Ambiente, na Ciência e Tecnologia e em todas as áreas.

 

Já criamos mais de 5 mil empregos diretos e indiretos somente com as ações de Governo desenvolvidas até agora. Aplicando medidas como a reforma tributária, simplificação do licenciamento e isonomia em incentivos fiscais, Mato Grosso tem atraído milhares de empresas para investir no estado.

 

Foi a unidade da federação que mais abriu novas empresas (foram 21.040 só no primeiro quadrimestre de 2020) e que mais criou novos postos de trabalho, de acordo com o Ministério da Economia. E tudo isso de maneira sustentável, com respeito ao meio ambiente e às normas vigentes.

 

A previsão, segundo metodologia de cálculo do BNDES, é que os nossos investimentos do Governo de Mato Grosso vão gerar um total de 54 mil empregos.

 

Como tudo isso foi e está sendo possível? Por meio de um ensinamento que repito constantemente: ninguém faz nada sozinho. Esses avanços só foram conquistados graças ao trabalho do nosso povo, dos nossos servidores, da gestão séria e focada em resultado que temos feito aqui no Executivo e também pela parceria que a Assembleia Legislativa e os demais poderes e instituições tem nos oferecido.

 

Em janeiro de 2019, quando assumimos o governo, encontramos uma situação caótica. Salários atrasados, 13º atrasado, UTIs fechando, viaturas da Polícia sendo recolhidas por falta de pagamento, repasses para fornecedores e para a saúde dos municípios atrasados há mais de 11 meses e quase R$ 4 bilhões de dívidas.

 

Ainda em 2019 conseguimos reverter esse quadro. Enxugamos secretarias, cortamos mais de R$ 1 bilhão em despesas, renegociamos contratos, economizamos, otimizamos nosso quadro de pessoal e fizemos uma reforma administrativa e tributária.

 

O resultado veio no mesmo ano. Pela primeira vez em 10 anos, em 2019 Mato Grosso fechou suas contas no azul, ou seja, gastou menos do que o arrecadado. Isso possibilitou voltar a pagar os servidores no dia 30 do mês trabalhado, pagar fornecedores e a saúde aos municípios rigorosamente em dia e retomar centenas de obras paradas há muitos anos.

 

Esse equilíbrio fiscal obtido em 2019 foi fundamental para que pudéssemos enfrentar o desafio que viria neste ano: a pandemia do coronavírus.

 

Infelizmente muitas vidas foram perdidas, mas muitas outras foram salvas graças à seriedade com a qual tratamos o caso. Montamos um gabinete de situação e tomamos medidas equilibradas, que ajudaram a salvar vidas e ao mesmo tempo preservaram a economia e os empregos dos mato-grossenses.

 

Ampliamos o Hospital Metropolitano, montamos novas UTIs no Hospital Estadual Santa Casa e construímos e ajudamos a equipar centenas de UTIs em todo o Estado. Em poucos meses, triplicamos as UTIs existentes em Mato Grosso para que pudéssemos garantir o atendimento dos casos graves e compramos centenas de respiradores, conseguindo negociar preços até 200% menores do que os praticados em outros estados.

 

Investimos forte no tratamento precoce, medida que reduziu drasticamente as internações. Criamos o Centro de Triagem Covid-19, que oferece consulta, testes, exames, medicamentos e até tomografia se necessário, mesmo sendo a atenção básica uma responsabilidade da prefeitura. Enviamos mais de 600 mil testes (que conseguimos pagar de 3 a 11 vezes mais barato que os demais estados) a todos os 141 municípios, além de medicamentos às prefeituras que solicitaram. Essas ações fizeram a testagem da nossa população ser 434% maior que a média nacional. E agora estamos articulando todas as alternativas para trazer aos mato-grossenses uma vacina segura e aprovada pela Anvisa, o quanto antes.

 

Tivemos dois anos desafiadores, mas com muitas entregas para a população. Em 2021, muito mais está por vir nesse novo Mato Grosso que já vivemos. Um excelente final de ano a todos os mato-grossenses. Que Deus abençoe as nossas famílias.

 

Mauro Mendes é governador do Estado de Mato Grosso.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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Antônio C Candia Jr  24.12.20 00h01
Eu sempre acreditei na gestão Mauro Mendes, só lamento o fato de não ter entrege o COT PARI para administração e investimento do Cuiabá Arsenal - Time de Futebol Americano. Esse investimento de 10 milhões ficaria a cargo do Arsenal com a contrapartida de exploração por determinado tempo. Além disso, o clube arcaria com a mamutenção, faria o primeiro estádio de Futebol Americano desse nível no Brasil, fortaleceria o esporte em Mato Grosso, poderia ter uma escolinha para amodalidade para que formasse futuros atletas e profissionais da área, além de trazer entretenimento a população. Lamento muito... A PM poderia ter sua academia em qualquer local. Mas um Estadio de Futebol Americano seria único em Mato Grosso e no Brasil.
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aloisio  23.12.20 18h30
Imagino que o Sr. Governador e seus correligionários vão à altura com esse balanço. Pelo tom do “desabafo”, o Governador está satisfeitíssimo com o que realizou. Mas para nós da periferia é muito pouco diante do desafio que temos. Mesmo diante de “tudo isso” continuamos com fome. Muita fome e não é por falta de trabalho. Ainda não chega a nós uma política social que nos garanta uma vida com dignidade. Uma educação com qualidade. Veja então, diz o Governador: “ Temos e teremos muitos investimentos no Social, na Cultura, no Turismo, no Desenvolvimento Econômico, na Agricultura Familiar, no Meio Ambiente, na Ciência e Tecnologia e em todas as áreas”. Sr. Governador não menciona educação. Como fica nossa educação? a educação para os filhos dos desfavorecidos. Veja seu discurso, não é implicância não, o setor menos referido é a educação. Será mero descuido? Lapso de consciência? Definitivamente, não! O que vocês do poder irão fazer com tudo isso, com tanta pujança sem uma sociedade mal educada, vide pandemia ...
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Sebastião Augusto Corrêa de Moraes  23.12.20 12h48
A CF/88 assegura o direito de manifestar meu pensamento, conforme art. 5º, IV, e art. 220. Apesar dos números positivos apresentados pelo governador, sou veementemente contra esse tipo de política de investimentos, e digo porquê, ainda que suscintamente. Trata-se daquilo que se denomina “voo de galinha”, mais conhecido como “velha política”. Perceba que o Governador diz que o Governo do Estado de MT “estava prestes a quebrar”, e que a pandemia só agravou ainda mais a situação, mas que tudo isto não desviou da missão principal, que é de “investir naquilo que importa ao cidadão”, pois “Mato Grosso virou um grande canteiro de obras e, por meio do programa Mais MT” está sendo realizado “investimentos que vão totalizar R$ 9,5 bilhões até 2022”. Nisto, destaco o que disse sobre os “milhares de quilômetros para serem concedidos à iniciativa privada” sob justificativa de garantir “qualidade das rodovias”, e a criação de “mais de 5 mil empregos diretos e indiretos somente com as ações de Governo desenvolvidas até agora”, e que segundo o BNDS, tais investimentos “vão gerar um total de 54 mil empregos”. Realmente, incrível! Mas, esses empregos serão duráveis, ou lá na frente haverá outro maciço investimento estatal para cria-los novamente? Esse crescimento será sustentável? São perguntas justas, que merecem respostas. Os “milhares de quilômetros para serem concedidos à iniciativa privada”, presumo esteja dizendo “pedágio”, já que o argumento traz a intenção de garantir “qualidade das rodovias”. Mas, numa situação em que todos estão sob grave situação financeira, onde está a vantagem do contribuinte em ver seu dinheiro usado para uma obra, e, após, cedê-la para uma determinada empresa privada lucrar com ela, cobrando-lhe pedágio? Por acaso, haverá alguma redução da carga tributária, já que tais rodovias não receberão mais recursos púbicos para manutenção? O custo de vida das pessoas que deverão passar por tais rodovias serão abrandados? São perguntas justas, que devemos fazer, e que merecem respostas. O economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, e ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República, em entrevista feita para um jornal, no ano passado, já dizia o que todos sabemos, que o “desempenho da indústria de transformação ainda é decepcionante, esse é o patinho feio do crescimento econômico e é uma parte da economia que não consegue andar”. Ora, não vamos nos preocupar, qualquer coisa aumenta-se a carga tributária do agro, né?! O referido economista ainda diz na mesma entrevista que, diante de um mercado comercial internacional extremamente complicado e competitivo entre as grandes potencias (ex.: EUA e CHINA), o Brasil precisa “aumentar o consumo e investimento” do “mercado interno”, e sobre isto, complementa, “é sempre importante se perguntar se esse crescimento é sustentável, porque o País já está farto de voos de galinha”. Aqui vale a premissa ensinada por Ludwig Von Mises, em conferências pela Argentina, no final da década de 50 (séc. passado), e que todo administrador público deveria saber: “O intervencionismo significa que o governo não se restringe à atividade de preservação da ordem, ou – como se costumava dizer cem anos atrás – da “produção de segurança”. O intervencionismo revela um governo desejoso de fazer mais. Desejoso de interferir nos fenômenos de mercado” (As seis lições. Mises, Ludwig von. 9º edição revista. – São Paulo: LVM, 2018). “Um exemplo de conclusão equivocada sobre a economia como um todo é que as crises econômicas – recessões – são causadas por pouca demanda global. A conclusão equivocada subsequente é que a solução adequada para as recessões dá-se por meio de um conjunto de políticas públicas que aumentem a demanda.” (Menos Estado e mais liberdade. Boudreaux, Donald J. – 1ª ed. – Barueri: Faro Editorial, 2017) De fato, expandir os gastos públicos sob a ótica de beneficiar a população, sem considerar suas consequências, como por ex.: endividamento público e elevação do custo de vida das pessoas, é no mínimo, irresponsável. Esta é a teoria keynesiana, que criou nos políticos forte tentação de que tal prática política é um “método barato e rápido de eliminar uma importante fonte de sofrimento humano, mas também um meio de se libertarem das duras restrições que o cerceavam quando objetivavam alcançar a popularidade” (Desemprego e política monetária. Hayek, Friedrich A. - São Paulo: Instituto Ludwig von Mises. Brasil, 2011). O vosso próprio Secretário de Fazenda, por mais de uma vez, defendeu a “manutenção do auxílio emergencial” do governo federal, demonstrando preocupação pelas “incertezas econômicas que a pandemia do novo coronavírus traz”. Será mesmo, que um Estado como MT, maior que muitos países, conseguirá manter sua economia saudável apenas com “auxílio emergencial”? Não seria mais sábio e responsável cuidar dos serviços essenciais, e guardar/economizar tais recursos, não fazer novas dividas, não fazer novos empréstimos, reduzir a carga tributária, para que o setor privado, e não o setor público, seja o grande gerador de empregos e de renda? Já finalizando, cito trecho da obra Nosso Inimigo, o Estado, de Albert J. Nock: “O poder do Estado tem um histórico ininterrupto de ser incapaz de fazer qualquer coisa de forma eficiente, econômica, desinteressada ou honesta”. Certamente, o histórico de Mato Grosso não é exceção. O vosso festejado “canteiro de obras”, é só mais um dos que MT já teve, e com certeza, não será o último. Disse Bento XVI: "Quando a política pretende ser redentora, promete demais. Quando pretende fazer a obra de Deus, não se torna divina, mas demoníaca" (Contra a idolatria do Estado: o papel do cristão na política. Ferreira, Franklin. - São Paulo: Vida Nova, 2016).
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JUNIOR  23.12.20 09h07
Não votei no Mauro Mendes, mas preciso reconhecer o excelente trabalho que vem fazendo. Parabéns!!!
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