Cuiabá, Quinta-Feira, 11 de Dezembro de 2025
ALFREDO DA MOTA MENEZES
16.11.2022 | 08h27 Tamanho do texto A- A+

Segundo mandato de governador

Não tem porque o segundo ser pior que primeiro; números e realidade mostram isso

Sempre se fala que o segundo mandato de um governador no estado é pior que o primeiro. Teve gente até sugerindo ao Mauro Mendes que não se candidatasse outra vez.

 

Que fizera isso quando prefeito da capital e seria prudente politicamente fazer o mesmo ao governo. Por que essa crença de que o primeiro mandato é melhor que o segundo?

               

É citado o caso de Dante de Oliveira e de Blairo Maggi, dois reeleitos no estado. Uma viagem ao redor do primeiro caso. Alega-se que o Dante perdeu a eleição para Serys para o Senado porque seu segundo mandato não fora tão bem como o primeiro. Não foi bem assim.

               

Em 2002 houve uma reviravolta, aqui a nacionalmente, com o PSDB. José Serra perdeu a eleição para Lula, o mesmo aconteceu no estado com Antero e Blairo e Dante não foi eleito senador.

               

Naquele momento houve uma união forte de opositores ao PSDB no estado, principalmente em cima do Dante. Juntou de um lado só o Blairo, os Campos, Roberto França, que havia rompido com o PSDB por não ter sido indicado candidato ao governo em 2002.

          

Essa frente ampla tinha ainda o pessoal do antigo PP, Palma, Louremberg, Osvaldo Sobrinho, Sucena. Tudo junto para derrotar o PSDB, principalmente o Dante. Não tem nada que ver com o tal segundo mandato do Dante.

               

É citado também o caso do Blairo que foi reeleito em 2006. E sempre afirmam que esse mandato foi menos positivo que o primeiro. O que aconteceu de fato? 

         

No meio do segundo mandato do Blairo, em 2008, explodiu nos EUA a crise no setor imobiliário que espalhou pelo mundo. O que atrapalhou o governo Maggi foi isso e não a tal maldição do segundo mandato.

               

Agora se tem o Mauro num segundo mandato (Silval e Taques não tiveram segundo mandato). E alguns entendem que não deverá ser tão positivo quanto o primeiro. Vejamos alguns dados do momento que aponta em outra direção.

            

O orçamento do estado de 2022 para 2023 passou de 26 bilhões de reais para 30 bilhões. O governo, nos primeiros quatro anos, teve algo como 15% de dinheiro do orçamento para investir e fala que terá os mesmos 15% para os próximos anos e orçamentos. Com isso, como é que o segundo mandato pode ser pior que o primeiro?

               

Mais dados e números. O crescimento da economia do estado em 2019 foi de 3.5%; 2020, 2.7 %; 2021, 4.97% e 4.9% em 2022.  O PIB do agronegócio estadual caminha para ser 30% do total nacional. Em PIB per capita MT é o segundo estado com mais municípios entre os 100 maiores do país. São doze municípios do estado nessa lista.

               

Não temos uma crise mundial à vista como foi a de 2008. A economia do estado, principalmente o agro, vai continuar crescendo. A arrecadação, por consequência, aumenta também (apesar de queda por cobrança menor do ICMS sobre combustível e energia).

              

Juntando tudo, e tendo outros cuidados com a administração, não tem porque o segundo mandato ser pior que o primeiro. Os números e a realidade mostram isso.

 

Alfredo da Mota Menezes é analista político.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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