Igual ou, melhor avaliando, talvez pior. Foi essa impressão que tive esta semana ao utilizar o transporte coletivo urbano em Cuiabá depois de um longo período sem recorrer ao serviço.
Lamentavelmente, os problemas que se arrastam há décadas, bem conhecidos daqueles que se servem do transporte todos os dias, parecem se perpetuar. Da lista das reclamações estão: a superlotação, o calor infernal(nem dos os veículos são dotados de ar condicionado), a demora, entre outros.
É verdade que a criação dos corredores de ônibus trouxe melhorias. Os ônibus circulam com maior fluidez. Em alguns trechos não disputam espaços com os demais veículos – caminhões, carros de passeio, motocicletas...
Todavia, é necessário que a Prefeitura mantenha um serviço permanente de fiscalização que vá além do cumprimento de horários e da aplicação de multas aos motoristas que invadem os corredores exclusivos.
Em Cuiabá, ar condicionado é essencial, imprescindível, deveria ter em todos os ônibus. Mesmo porque há veículos cujas janelas não abrem o bastante para permitir boa ventilação.
Não bastasse, ainda constatei outra questão antiga, a da exigência da aquisição do cartão mesmo se o usuário percorrerá um trecho que não exige integração com outras linhas.
Acontece que essa obrigatoriedade, no meu caso, não pode ser cumprida. No início da noite desta terça-feira (21.03), em uma parada da Avenida Rubens de Mendonça (do CPA), da frente do Shopping Pantanal, havia três vendedores, todos eles sem o cartão comum, aquele que não é nominal.
O que isso significa? Que o passageiro, um turista, por exemplo, dependerá da boa vontade dos motoristas para embarcar e chegar ao seu destino se no percurso a ser feito não tiver paradas com venda do tal cartão.
Essa boa vontade eu encontrei facilmente. Embarquei e segui, porém tive de exibir o dinheiro e minha cara em uma câmera instalada dentro do ônibus. Essa medida, explicou o motorista, seria para comprovar que eu não estava sendo privilegiada pelo motorista, usando o transporte gratuitamente.
Por falar em gratuidade, é bom lembrar que a Prefeitura, com os impostos que pagamos, subsidia a diferente entre a antiga meia passagem estudantil e a isenção total que vigora hoje. Aproveito para dizer NÃO ao aumento da tarifa. Não devemos pagar nenhum centavo a mais dos atuais R$ 3,60.
Alecy Alves é repórter do Diário de Cuiabá.
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