Acusado confessou o crime, mas "mentiu muito", diz delegado

O principal suspeito de ter executado a tiros o advogado Roberto Zampieri, Antônio Gomes da Silva, foi interrogado nesta quarta-feira (20) e confessou a autoria do crime.

Em resumo, confessou como fez, mas mentiu muito. É um contador de histórias

O interrogatório foi conduzido pelo delegado Edison Pick, que está à frente do inquérito.

Segundo o delegado, Antônio confessou a autoria, mas também tentou enganar a Polícia com mentiras.

“Em resumo, confessou como fez, mas mentiu muito. É um contador de histórias”, afirmou o delegado.

Conforme Pick, sobre alguns temas, o suspeito “se reservou em silêncio”, como sobre quem encomendou a morte do advogado.

“Agora vamos analisar as informações”, afirmou o delegado, que não quis passar mais informações sobre o conteúdo da oitiva.

As prisões

Antônio, apontado como executor de Zampieri, foi preso na manhã de quarta-feira na cidade de Santa Luzia (MG).

A suposta mandante, a empresária Maria Angélica Gontijo, foi detida em Patos de Minas.

As prisões foram realizadas pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) com apoio da Polícia de Minas Gerais.

O caso

O assassinato aconteceu no dia 5 de dezembro, quando Zampieri foi atingido com 10 tiros dentro de seu carro, em frente ao seu escritório, no Bairro Bosque da Saúde.

O assassino esperou por mais de uma hora para que Zampieri saísse do trabalho. Ele ficou sentado em um toco de árvore na calçada do outro lado e aguardou a vítima.

Quando viu o advogado, o assassino atravessou a rua e se escondeu atrás de algumas palmeiras. Despreocupado com seu entorno, Zampieri entrou no veículo e não notou a presença do assassino.

Na caixa de isopor carregada pelo assassino, estava escondida a pistola 9 mm utilizada no crime. Com a vítima já dentro do carro, ele disparou 10 vezes, sendo que todas as balas atingiram Roberto, segundo informou a Polícia Civil.

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