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24.03.2022 | 17h49 Tamanho do texto A- A+

Acusado de golpe milionário, bacharel é expulso da Maçonaria

Grão-mestre Gelson Menegatti Filho afirmou que Samir de Matos usou instituição para ganhar confiança

Gelson Menegatti Filho

Fachada da loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso

Fachada da loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A potência maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso excluiu de seus quadros, de “forma sumária”, o bacharel em Direito Samir de Matos, de 44 anos. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (24).

 

O bacharel é investigado pela acusação de aplicar golpes milionários em Cuiabá com a promessa de grandes rendimentos no setor financeiro. Até o momento vieram a público dois boletins de ocorrência sobre o caso, com três vítimas.

 

Em documento, o grão-mestre Gelson Menegatti Filho disse que o ex-membro “teria se aproveitado da confiança de algumas pessoas para lesá-las, associando sua conduta à Maçonaria".

 

Tais condutas, segundo o grão-mestre, são “contrárias ao que a Maçonaria prega e ensina em suas lojas”.

 

Relembre o caso

 

Conforme um dos B.Os, Samir chegou a pagar 5% de rendimentos mensais sobre o valor investido, algo muito superior ao que é praticado no mercado. A prática pode configurar pirâmide financeira, em que os investidores antigos são remunerados com o dinheiro dos novos.

 

A primeira vítima, de 57 anos, disse que desde 2019 disponibiliza recursos financeiros a Samir.

 

Conforme o B.O., a vítima vinha recebendo um percentual da lucratividade, “com a garantia de que nunca teria prejuízos”. O dinheiro era investido em corretora de valores e, ao longo dos anos, a vítima disse ter repassado o montante de R$ 836.112,20 a Samir.

 

Os repasses foram realizados regularmente até junho de 2021, exceto pelos aportes financeiros realizados em 13 de novembro de 2020 e 15 de março de 2021.

 

A vítima disse que Samir há vários anos usava uma sala do seu escritório e que nunca suspeitou dos crimes.

 

E afirmou ainda não ter ciência dos delitos cometidos por Samir, “sendo tão vítima” quanto os demais.

 

As outras duas vítimas, mãe e filho, de 45 e 29 anos, começaram a investir com Samir em 2021.

 

Segundo a mulher, ela fez um contrato de intermediação em operações de trading/forex no valor de R$ 91.84,00 no dia 29 de abril de 2021 com a empresa Ktrader LTDA-me, de propriedade de Samir.

 

Em outubro desse mesmo ano ela disse ter investido mais R$ 94.400 com a empresa. Nesse mesmo mês seu filho acabou também investindo um montante significativo, R$ 64.570,00.

 

Os dois receberam até dezembro de 2021 cerca de 5% dos rendimentos mensais do valor investido.

 

Nos meses seguintes Samir, segundo as vítimas, alegou ter tido seu CPF suspenso pela Receita Federal, ficando impossibilitado de repassar os valores acordados.

 

A fuga

 

A namorada de Samir disse, conforme o documento, que o deixou na Rodoviária de Presidente Prudente (SP) no dia 19 de março.

 

Segundo ela, Samir disse ter apenas três opções: “suicidar-se, ficar aqui e morrer ou sumir”, tendo ele escolhido fugir.

 

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá. 

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Advogado é investigado por suposto golpe milionário em Cuiabá

 

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