O delegado Laudeval de Freitas, da Delegacia do bairro Planalto, concluiu, na segunda-feira (14), o inquérito sobre o tiroteio envolvendo um policial federal e um papiloscopista, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, no dia 26 de março deste ano.
Ele indiciou o policial federal Walter Sebastião Piovan Júnior, de 40 anos e o papiloscopista Fabrício Francisco Costa Leite, de 51, por tentativa de homicídio. Os dois tinham sido presos por porte ilegal de arma de fogo.
"Houve uma troca de tiros, causando a tentativa de homicídio, mesmo que ninguém tenha ficado ferido”, explicou o delegado, ao mudar a tipificação do crime. Segundo ele, não será necessário ouvir novamente os envolvidos, nem testemunhas, uma vez que todos depuseram durante a prisão em flagrante.
Freitas acrescentou que ainda espera a chegada dos laudos de local, que vão indicar as trajetórias dos disparos feitos pelos dois envolvidos no caso. Caso o Ministério Público Estadual aceite a denúncia, os dois serão julgados por Júri Popular, privativo de crimes contra a vida.
O agente federal e o papiloscopista se envolveram numa discussão, na Avenida do CPA, onde a picape de Fabrício, uma S 10 preta, ficou crivada de balas calibre 9mm. Ele revidou, atirando seis vezes com seu revólver calibre 38. A dúvida dos policiais do Plantão Metropolitano é sobre quem atirou para se defender; por isso, os dois foram autuados.
O crime é afiançável e os dois foram liberados após o pagamento de R$ 622. As duas armas foram apreendidas – tanto a pistola 9mm e o revólver calibre 38.
Em seu depoimento, o policial federal relatou que, ao descer de seu Fox branco, viu o motorista da S10 armado e então atirou, mas não acertou os dois ocupantes da picape.
Ele acrescentou que disparou menos de 11 tiros, que é a capacidade do pente da arma, pois não estava totalmente carregada e ainda sobraram quatro projéteis.
O depoimento do tio de Fabrício, que viajava no banco do passageiro da S10, reforça a suspeita de tentativa de homicídio. Ele relatou que só não morreu “por sorte”, porque um dos tiros veio em sua direção.
Ele disse que se abaixou, abriu a porta e tentou desarmar o policial federal. “O tiro no vidro veio em minha direção. Quando vi a arma apontada em minha direção, não pensei duas vezes: ma abaixei a abri a porta”, explicou.
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