Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
MORTE EM FESTA
10.04.2017 | 16h29 Tamanho do texto A- A+

Amigo de estudante contesta PM e diz que não foi "bala perdida"

Rena Luna, de 22 anos, morreu atingido por um disparo na cabeça, na madrugada de domingo

Reprodução

Renan Luna (detalhe) foi morto durante uma festa em Nova Xavantina

Renan Luna (detalhe) foi morto durante uma festa em Nova Xavantina

KARINA CABRAL
DA REDAÇÃO

A versão da PM para a morte do estudante Renan Luna, de 22 anos, assassinado com um tiro na cabeça no último domingo (9), em uma festa em Nova Xavantina (645 km a Leste de Cuiabá), está sendo contestada por amigos que testemunharam o crime.

 

As primeiras informações dão conta de que o jovem teria sido vítima de uma bala perdida, durante uma troca de tiros entre um major da Polícia Militar e supostos usuários de droga.

 

O melhor amigo dele, no entanto, diz que o jovem foi morto com um tiro à queima-roupa.

 

Renan não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do crime.

 

O major envolvido no episódio é Fabiano Roosevelth Escolástico, comandante do batalhão da PM na cidade.

 

Em sua versão, ele conta que trocou tiros com suspeitos de uso de drogas e que, neste tiroteio, Renan teria sido atingido por uma bala perdida.

 

O major se apresentou à Polícia Civil ainda na noite de domingo. Em entrevista ao site NX1, de Nova Xavantina, ele contou que estava na festa com a esposa, quando teria se sentido ameaçado por usuários de droga e sacou sua arma.

 

Em determinado momento, ele teria dado dois tiros no chão, apenas para intimidar o grupo e poder sair da festa. Neste momento, diz ter ouvido um disparo em sua direção.

 

Ainda conforme seu relato, o tiro que acertou Renan teria sido feito pela arma dos outros envolvidos, uma vez que só teria atirado em direção ao chão.

 

Porém, ao MidiaNews, o melhor amigo de Renan, Mauri Júnior Machado, de 22 anos, que estava com o rapaz no momento do crime, afirma que o jovem não foi vítima de bala perdida.

 

“Foi somente um tiro no Renan. A polícia está dizendo que foi troca de tiro. Não foi troca de tiro”, disse.

 

Mauri estava com Renan e mais três amigas no momento do homicídio. Ele conta que o grupo ouviu um tiro cerca de 30 minutos antes da morte de Renan, mas que não havia acontecido troca de disparos.

 

“[O assassino] Atirou direto no Renan, tanto é que a cápsula da bala caiu em cima da massa encefálica dele”, disse Mauri, sem, no entanto, apontar o nome de ninguém.

 

O rapaz ainda diz que o tiro foi feito por uma “arma ponto 40 no meio da testa, de cima para baixo”.

 

O jovem diz que não houve discussão. Eles estavam na saída da festa a 10 metros do carro, ouviram o disparo e Renan já caiu em seus pés. Com medo, as meninas arrastaram Mauri para o canto, atrás de uma moto.

 

Segundo Mauri, Renan era extrovertido, brincava com todo mundo e tinha muitos amigos. Era estudante de engenharia elétrica em Bauru (SP) e estava em Nova Xavantina apenas para visitar o amigo, que faz faculdade de Agronomia na cidade. Segundo ele os dois eram inseparáveis.

 

“Não caiu a ficha ainda, a gente era muito próximos, onde estava um estava o outro. Ainda não estou conseguindo decifrar isso ai”, lamenta Mauri.

 

Renan é natural de Água Boa, mas morava em Bauru (SP). Ele estava na cidade a passeio com amigos.

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Jorge Armani  11.04.17 08h19
Muito Triste, um jovem cheio de vida pela frente, acabar assim. Que Deus conforte os familiares, e que seja feita justiça .
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