Operação Sepulcro Caiado

A Polícia Civil apreendeu, na manhã desta quarta-feira (30), durante a Operação Sepulcro Caiado, um jet ski, veículos, joias, talões de cheque, dinheiro em espécie e barras de ouro nas residências dos alvos da operação.
A ação foi realizada no âmbito da investigação de um suposto esquema que envolve advogados, servidores, empresários e que teria sido responsável por desvios milionários da conta única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Onze pessoas foram presas.
Segundo os investigadores, já foi confirmado o desvio de aproximadamente R$ 11 milhões. Contudo, o valor pode ultrapassar R$ 21 milhões.
Em imagens registradas pela equipe de investigação, é possível ver diversos objetos apreendidos ao longo da operação. Entre os itens estão joias como anéis e colares.
Veículos também foram apreendidos. Ao todo, 18 automóveis foram recolhidos, entre eles caminhonetes e carros de luxo, como um Jeep Renegade, Ford Ranger, GWM Haval H6, Volkswagen T-Cross, Toyota Etios, além de uma lancha e um jet ski Yamaha amarelo.
Durante o cumprimento de mandado em uma das residências dos alvos, também foram encontrados talões de cheque e dinheiro em espécie, incluindo dólares e reais.
Além da apreensão dos bens, a Justiça de Mato Grosso determinou o bloqueio das contas bancárias dos investigados, no valor de aproximadamente R$ 21 milhões, e o sequestro de 48 imóveis vinculados aos alvos.
O grupo é acusado de ajuizar ações de cobrança e, sem o conhecimento das partes rés, simular a quitação da dívida via depósito judicial, juntando aos autos comprovantes de pagamentos falsificados.
Com isso, um servidor do Poder Judiciário, alvo da operação, é suspeito de fazer a migração do respectivo valor da conta única do TJMT para a conta vinculada ao processo, para que houvesse fundos para o resgate do alvará.
160 ordens judiciais
Na operação, são cumpridos mais de 160 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão, 16 ordens de bloqueio judicial totalizando mais de R$ 21,7 milhões.
Ainda 46 quebras de sigilo fiscal e bancário e sequestro de 18 veículos e 48 imóveis. As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e na cidade de Marília (SP).
Os alvos de mandados de prisão preventiva responderão pelos crimes de integrar organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, patrocínio infiel e lavagem de capitais.
Entre as vítimas identificadas, estão empresários e pessoas físicas que descobriram processos judiciais em seus nomes com dívidas "quitadas" de até R$ 1,8 milhão, quando os empréstimos originais não ultrapassavam R$ 100 mil. Em um dos casos mais graves, uma pessoa interditada judicialmente foi vítima do esquema.
Foram alvos da Operação os advogados Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto, Régis Poderoso de Souza e Denise Alonso. Além do servidor do TJ Mauro Ferreira Filho, o empresário João Gustavo Ricci Volpato; além de Luiza Rios Ricci Volpato e Augusto Frederico Ricci Volpato.
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