BIANCA FUJIMORI E VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO
A Polícia Militar se mobilizou durante toda esta sexta-feira (17) no Bairro Boa Esperança, após um militar do Corpo de Bombeiros, que não teve a identidade revelada, se trancar armado no quarto de sua casa ameaçando atirar.
Durante toda a tarde, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) tentaram negociar com o homem, que se recusava a sair do cômodo. Ele teria ameaçado atirar em quem tentasse se aproximar e afirmou que iria se matar. Até o início da noite, a tensão permanecia no local, sem que o homem se rendesse.
O tenente-coronel Roque, do Bope, revelou que o homem permaneceu trancado desde as 9h e eles receberam o chamado às 11h. Imediatamente uma equipe do 1º Batalhão da PM se deslocou até o imóvel.
O comandante também informou que o bombeiro não queria contato com ninguém. "No momento ele está praticamente incomunicável, ele não quer falar com ninguém. Enquanto tiver risco, nós temos que tentar".
Segundo informações preliminares da Polícia Militar, o bombeiro tem problemas de saúde e teria brigado com a mãe por ter acionado uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para atendê-lo.
Ele, então, se trancou no quarto com uma arma.
A mãe do bombeiro é a única com livre acesso à casa. Além dela, a ex-esposa do militar também está tentando convencê-lo a sair.
O morador ainda afirmou que a mãe do homem já chegou a acionar os bombeiros em outra ocasião, mas esta é a situação mais grave que ele já presenciou.
Uma viatura da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) também acionada.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o militar teria trabalhado normalmente na quinta-feira (16).
Até às 17h40, o Corpo de Bombeiros informou que a Polícia não havia conseguido nenhum avanço na negociação.
Problemas com vizinhos
Esta não é a primeira vez que o homem se envolve em alguma confusão. Um vizinho relatou que o bombeiro sempre foi agressivo com os moradores da região. Segundo ele, o militar sempre se envolveu em brigas e é instável psicologicamente.
Outra vizinha contou que ele já "partiu para cima" de estudantes que moravam na casa da frente.
Segundo ela, houve denúncias e boletins de ocorrência contra o bombeiro.
A mulher ainda afirmou que o homem se via como autoridade da rua e ficava irritado quando era confrontado.
