A Polícia Civil indiciou nesta sexta-feira (11) o casal de empresários de Primavera do Leste, Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, pelo homicídio do advogado Renato Nery, ocorrido em 5 de julho do ano passado.
Suspeitos de serem os mandantes do crime, Julinere e César foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, promessa de recompensa, emprego de meio que possa resultar em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O casal está preso desde o dia 9 de maio.
Segundo a investigação da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá, o advogado foi assassinado por conta de uma disputa judicial envolvendo uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim.
A DHPP apurou que o casal articulou, por meio de intermediários, sendo um policial militar e um caseiro, a contratação dos executores do homicídio de Renato.
Outros indiciados
O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva e o policial militar ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, foram indiciados no dia 1º de maio, por homicídio triplamente qualificado no inquérito que investigou o assassinato do advogado Renato Nery.
Os agravantes são motivo torpe, paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Conforme a Polícia, Alex Roberto é apontado como o executor, enquanto Heron seria um dos arquitetos do crime.
Alex Roberto é caseiro na chácara de Heron, onde ele foi preso pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), em março deste ano.
No dia 23 de maio, a DHPP indiciou os policiais militares Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa, acusados de agir como intermediadores do homicídio. Um dos militares também está envolvido no empréstimo da arma usada no crime.
No dia 30 de abril, os PMs Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins foram indiciados por homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo. Eles teriam auxiliado os demais a "esconder" a arma usada para matar Nery.
Crime arquitetado
Durante as investigações, foi constatado que o policial militar e o caseiro vinham monitorando a vítima por vários dias. Também foi comprovado que, no dia anterior ao homicídio (4 de julho), o caseiro parou com a moto próximo ao escritório do advogado, em horário idêntico e no exato local de onde atirou na vítima no dia 5 de julho.
Conforme a Polícia, as provas demonstraram que o crime foi premeditado e a intenção era assassinar o advogado no dia 4. Mas, por algum motivo, o crime não se consumou no dia planejado, provavelmente devido a alguma circunstância inesperada.
Homicídio
Renato Nery foi baleado na cabeça no dia 5 de julho do ano passado, quando chegava em seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Complexo Hospitalar, onde passou por cirurgia, mas acabou falecendo no dia seguinte.
As investigações ainda seguem para apurar outros possíveis envolvidos.
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