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24.04.2025 | 17h17 Tamanho do texto A- A+

Ex-servidor escreveu ao filho que pensava em “matar alguém”

Benedito e Gustavo de Santana estão presos desde a quarta-feira pelo assassinato de adolescente

Reprodução

Gustavo de Santana seu pai, o ex-servidor Benedito Anunciação de Santana

Gustavo de Santana seu pai, o ex-servidor Benedito Anunciação de Santana

ANGÉLICA CALLEJAS E THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

Em depoimento à Polícia Civil, o jovem Gustavo Benedito de Santana,18, disse que horas antes do homicídio da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, 16, seu pai, o ex-servidor do Estado, Benedito Anunciação de Santana, 40, lhe enviou mensagens no WhatsApp mencionando que pensava em “matar alguém”.

 

Perguntei se a Suellen aprontou alguma coisa. Ele [disse] 'Não sei. Estou desconfiado, mas acho que ainda não'. E ele mandou uma foto de visualização única [e escreveu]: 'Ah, meu filho. Já pensei em me matar. Já pensei em matar alguém'

O crime ocorreu na noite de terça-feira (22), na casa da vítima, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. Benedito, que era padrasto de Heloysa, assim como Gustavo e os dois adolescentes de 16 e 17 anos que participaram do crime foram detidos na madrugada e na tarde de quarta-feira (23).

 

“[Meu pai] Me mandou mensagem falando que estava meio ruim, pelo WhatsApp. Que estava meio ansioso, fraco, não estava muito bem. Como preocupação de filho, busquei entender o que estava acontecendo”, disse o rapaz em oitiva.

 

“Perguntei se a Suellen aprontou alguma coisa. Ele [disse] 'Não sei. Estou desconfiado, mas acho que ainda não'. E ele mandou uma foto de visualização única [e escreveu]: 'Ah, meu filho. Já pensei em me matar. Já pensei em matar alguém'”. 

 

Já no período da tarde, segundo o rapaz, ele estava em companhia dos adolescentes envolvidos no homicídio, quando recebeu uma ligação de Benedito. Na conversa, ele teria dito que o alvo era sua então ex-companheira e mãe de Heloysa, Suellen de Alencastro Arruda. 

 

Após um breve planejamento entre os quatro, Gustavo disse que ele e os adolescentes foram até uma praça, onde esperaram por Benedito, que os buscou na Fiat Toro de propriedade do Estado, e então seguiram para a casa da vítima.

 

O rapaz afirmou que o pai desceu para vistoriar o lugar, e depois liberou a entrada deles. Na casa, entretanto, estava somente Heloysa, que, de acordo com o depoimento, foi rendida pelo adolescente de 16 anos e arrastada até um dos quartos.

 

“Até então era [para matar] a Suellen, [mas] meu pai falou: ‘Vai ter que ser as duas’”, disse Gustavo ao delegado. Em seguida, o jovem afirmou que Benedito saiu da casa para atender a um chamado de seu chefe, e não presenciou ela sendo enforcada.

 

Horas depois, Suellen chegou acompanhada de uma parente e um bebê de colo, e ambas foram rendidas. Ainda conforme Gustavo, o mesmo adolescente responsável pelo enforcamento da menor teria agredido a mulher com socos e desferido um tapa no rosto da outra vítima que segurava a criança.

 

Após a sessão de agressão, Suellen foi colocada em um quarto e amarrada, junto de sua parente e o bebê. Depois, eles colocaram o corpo de Heloysa no porta-malas do Hyundai HB20 e foram até o local de desova, em um poço no bairro Ribeirão do Lipa.

 

A fim de dissimular a participação no crime, segundo a Polícia, Benedito voltou para casa, encontrou Suellen ferida e a levou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde ele foi preso. Já o corpo de Heloysa foi localizado durante a madrugada.

 

Veja o vídeo:

 

 

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