O Hospital Filantrópico Bom Jesus, no Bairro Santa Isabel, em Cuiabá, calcula um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões por causa de um furto à unidade na manhã de quarta-feira (22).
O hospital está fechado desde dezembro de 2016 e apenas uma secretária fica na parte da frente da unidade.
De acordo com Michel Mansur, presidente da Associação Beneficente Bom Jesus, que administra a unidade, pelo menos 20 pessoas participaram da ação criminosa.
“Derrubaram parede, roubaram as portas, janelas, roubaram toda a fiação do hospital, roubaram toda a canalização de oxigênio, roubaram 19 aparelhos de ar-condicionado, geladeira, limparam tudo, pegaram tudo”, contou Mansur. "[A secretária] estava sozinha lá na frente e os vizinhos estavam ligando para ela avisando que os ladrões tinham arrebentado o portão dos fundos do hospital".
“Eles ficaram a manhã toda [por lá], até por volta de 12h. Quando a polícia chegou, por volta de 13h, todo mundo já havia ido embora”, enfatizou.
Segundo o presidente, o prejuízo alcança uma cifra milionária.
“Só de tubulação de oxigênio foram mais de R$ 600 mil. O prejuízo gira entorno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões, no mínimo”, destacou.
O hospital filantrópico dependia de repasses do Executivo Municipal para funcionar.
O presidente explicou que a unidade está fechada em razão de dívidas trabalhistas, que inviabilizaram seu funcionamento.
“O repasse da Prefeitura atrasa demais, demorava de três, quatro meses para pagar um. E aí atrasou o salário dos funcionários e eles entraram na Justiça”, justificou.
Ainda de acordo com o presidente, a dívida da Prefeitura com o hospital é de cerca de R$ 1 milhão.
Ao ser questionado sobre a possibilidade do ato criminoso ter sido cometido por ex-funcionários, o presidente da associação preferiu deixar que a polícia esclareça.
Mansur não soube informar desde quando os ex-funcionários estão sem receber.
“O dinheiro que o hospital tem está bloqueado pela Justiça do Trabalho. A Justiça bloqueou o dinheiro na Prefeitura. Esse valor é a garantia dos funcionários [em relação a salários atrasados]”, argumentou.
Michel Mansur ainda disse que a reabertura da unidade vai depender da Justiça.
“Então o juiz vai decidir se vai abrir, se não vai”, concluiu.
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