Cuiabá, Terça-Feira, 21 de Outubro de 2025
“AUTODIDATA”
21.10.2025 | 11h45 Tamanho do texto A- A+

Líder de esquema, jovem invadiu sistema da Polícia após tutorial

Ganso era líder de esquema que utilizava chassis de carros apreendidos para revenda

Montagem/MidiaNews

O delegado Gustavo Godoy (no detalhe), responsável pelas investigações da Operação Código Seguro

O delegado Gustavo Godoy (no detalhe), responsável pelas investigações da Operação Código Seguro

LIZ BRUNETTO E ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

Um jovem de aproximadamente 20 anos, apelidado como Ganso, é acusado de invadir o sistema da Polícia Civil de Mato Grosso e adquirir dados de chassis de carros apreendidos para revenda visando cometer fraudes e outros crimes pela internet. Ele é apontado como o líder do esquema criminoso.

Ele não tinha nenhuma formação na área, era autodidata. Afirmou que aprendeu tudo através de tutoriais na internet, vídeos no YouTube

 

Segundo o delegado Gustavo Godoy, o jovem é morador do Município de Francisco Alves no Paraná. Ele aprendeu a acessar o sistema em tutoriais da internet, após ter tido acesso ao login de um servidor da Polícia de Mato Grosso. Ganso, que não teve o nome completo revelado, foi alvo de um mandado de prisão na manhã desta terça-feira (21), durante a terceira fase da Operação Código Seguro.

 

“Ele não tinha nenhuma formação na área, era autodidata. Afirmou que aprendeu tudo através de tutoriais na internet, vídeos no YouTube. Não tem nenhuma formação, só tem o ensino fundamental completo”, afirmou o delegado. 

 

O mandado de prisão contra Ganso foi cumprido dentro da penitenciária de Cascavel, porque ele foi detido há um mês em uma boate de Toledo no interior do Paraná. Ele comprava camarotes e combos de bebidas com cartões falsos e levantou suspeitas do dono do estabelecimento, que alertou a Polícia. 

 

“Sem nenhuma experiência, não tinha passagem policial nenhuma, de classe média baixa, uma pessoa comum. Não tinha nenhuma formação, não era uma pessoa que tinha um grande conhecimento de informática. Ele aproveitou esses grupos do telegram, de Whatsapp, para poder agir de forma ilícita”, afirmou. 

 

O esquema

 

O jovem coletava dados dos veículos furtados ou roubados para que eles fossem "esquentados", ou seja, tivessem seus sinais identificadores adulterados para simular uma situação de regularidade, facilitando sua reinserção no mercado.

 

Com o avanço das investigações foi possível identificar que os criminosos atuavam em diversos tipos de fraudes e crimes cometidas por meios virtuais como clonagens de cartões de crédito, comércio de dados, operados  por meio de sites específicos ligados ao grupo e canais do Telegram e grupos de  WhatsApp.

 

Terceira fase 

 

Essa é a terceira fase da Operação Código Seguro, contra o grupo criminoso que atuava em diversos estados do país. Eles se dedicam a obter e comercializar dados sensíveis e ferramentas para práticas de diferentes tipos de fraudes e outros crimes pela internet.

 

Foram cumpridas nesta fase da operação 48 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá com base em investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI).

 

Dentre as ordens judiciais estão sete mandados de prisão, 15 de busca e apreensão, 15 de afastamento telemático, três retiradas de sites do ar, sete retiradas de canais do Telegram, uma retirada de grupo de WhatsApp e sequestro de valores no valor de mais de R$ 5,9 milhões. 

 

Todos os  mandados são cumpridos fora do estado de Mato Grosso, sendo identificados alvos em nove estados do país. As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de  São Paulo (SP), Francisco Alves (PR), Fortaleza (CE), Riachão (MA), Cabo Frio (RJ), Jaraguá do Sul (SC), Lauro de Freitas e Apuarema (BA), Manaus (AM), Coronel Murta (MG). 

 

As duas fases anteriores da operação Código Seguro foram realizadas em julho e novembro de 2024.

 

Veja:

 

 

 

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