O Ministério Público Estadual denunciou o ajudante de serviço gerais Marcelo da Silva Corrêa, de 21 anos, pelo assassinato do próprio filho Mikael, um bebê de pouco mais de um mês, após uma briga entre o jovem e a esposa. O crime ocorreu no dia 1º de março de ano na Localidade da Guia, em Cuiabá, na residência do casal. A denúncia foi protocolada pelo MPE na tarde de ontem (18).
Na denúncia, assinada pelo promotor criminal João Augusto Gadelha, Marcelo é indiciado por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima, além de dois agravantes – o fato de ser filho e ser um bebê.
Conforme a denúncia, na noite do crime, o casal, num momento de desentendimento em sua própria residência, passaram a disputar o filho. Inicialmente, a criança foi puxada pelo braço por Marcelo, sofrendo fratura e, depois, atirada no chão pela mãe.
Conforme as investigações chefiadas pelo delegado Antônio Carlos Garcia, da DHPP, Marcelo iniciou um romance com a adolescente, que ficou grávida, e resolveram viver juntos.
No dia do crime, o jovem chegou do trabalho, por volta das 17h, e por volta das 19h começou se arrumar para ir ao colégio, ocasião em que a esposa disse-lhe que não fosse, já que a criança estava febril. Os dois então iniciaram uma discussão, sendo contidos pela mãe da adolescente e vizinhos.
Marcelo foi a escola e, ao retornar, voltou a discutir com a esposa e passaram a disputar o bebê. Durante a discussão, a adolescente teria dito. “Não vai ser meu nem seu”. Em seguida, teria arremessado a criança no chão.
Depois da discussão e com o bebê morto, o jovem colocou Mikael no carrinho de bebê, não comentando sobre os fatos com ninguém naquela noite. Inclusive, por duas vezes, a adolescente teria simulado estar amamentando a vítima, na frente de familiares.
Na manhã seguinte, foram acordados pela avó da criança, quando então a adolescente pegou seu filho e saiu dizendo que estava desmaiado. A avó, no entanto, pegou a criança e constatou que estava morta. Na ocasião, a adolescente foi levada para a Delegacia Especializada do Adolescente.
