Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
"BEBÊ ROUBADO"
15.02.2017 | 14h11 Tamanho do texto A- A+

Mulher não tinha parto marcado, afirma Santa Casa

Ela não tem ficha de cadastro na unidade hospitalar; GCCO está investigando o caso

Divulgação

Mulher disse que estava em hospital e foi sequestrada

Mulher disse que estava em hospital e foi sequestrada

JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO

A assessoria de imprensa da Santa Casa de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) informou nesta quarta-feira (09) que não há na unidade nenhum registro da paciente C.A.A., de 36 anos, que disse ter sido sequestrada enquanto esperava para dar à luz.

 

A mulher e o marido procuraram a Polícia Militar na noite desta terça-feira (14), alegando que ela tinha sido sequestrada em frente à Santa Casa e mantida em cárcere privado por sete dias. Além disso, ela disse que teve a criança no cativeiro e que os sequestradores a roubaram.

 

Segundo a Santa Casa, foi verificado nos registros que a mulher nunca deu entrada para qualquer tipo de atendimento na unidade na data alegada, e muito menos tinha um parto marcado.

 

“Não foi encontrado nenhum registro de nenhuma paciente com esse nome na Santa Casa, nem para um pré-natal, nem para outro tipo de atendimento”, disse a assessoria.

 

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) está investigando o caso e deve analisar as imagens do circuito interno de segurança do hospital, para saber se a mulher, de fato, esteve no local.

 

O caso

 

De acordo com o boletim de ocorrência nº 2017.54272, a vítima - que é moradora de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) - estava com o marido e a irmã na Rodoviária da Capital, onde relatou ter sido sequestrada no dia 7 de fevereiro, de dentro da Santa Casa de Misericórdia da cidade.

 

Ela estaria com o parto marcado para aquele dia. Aos policiais, disse que estava sozinha no hospital, quando uma mulher loira, de boa aparência, se aproximou dela para puxar conversa.

 

A vítima diz que a mulher se identificou apenas como “Laura” e perguntou sobre sua gestação, o sexo do bebê e se ela teria um parto normal ou cesariana.

 

Neste momento, um casal que ela afirma também não conhecer - e que seria amigo de “Laura” - se aproximou e, após um tempo de conversa, teria lhe oferecido um copo de água.

 

C.A.A. contou que após ter tomado a água oferecida pela pessoa desconhecida, começou a se sentir sonolenta. Ela diz que se recorda apenas de ter dito para a Laura que não estava se sentindo bem.

 

Segundo a vítima, ela foi colocada deitada dentro de um Fiat Doblô e que, depois disso, acordou em uma residência, cujo endereço desconhece.

 

Lá a grávida contou ter sido levada para dentro de um quarto, onde foi colocada deitada em uma maca, ao redor da qual havia diversos equipamentos médicos. Lá, conta ter sido induzida ao parto normal.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, após o parto C.A.A. contou que, sob ameaça de não lhe entregar a criança, foi obrigada a ligar para o marido e dizer que teve complicações no parto. E que, por isso, seria encaminhada para uma unidade hospitalar na Capital.

 

Segundo seu relato, ela passou o final de semana mantida refém dos suspeitos dentro da casa e que foi abandonada na noite de ontem na frente do supermercado Ford Atacadista, na Fernando Corrêa da Costa.

 

A mulher ainda disse que ligou para o marido e que, após ele chegar em Cuiabá, acionaram a Polícia Militar.

 

Ela então foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde os médicos plantonistas disseram que não dariam nenhum medicamento a mulher, pois qualquer intervenção poderia atrapalhar na perícia para saber se de fato ela estava grávida.

 

Com isso, a mulher foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML), para realizar os exames periciais.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Mulher diz que foi sequestrada e teve o bebê roubado após o parto

 

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