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04.07.2022 | 08h45 Tamanho do texto A- A+

“Não me arrependo de forma alguma, mas estou entristecido"

Vereador e PM da reserva, Marcos Paccola diz que lamenta ter matado um colega de profissão

Divulgação

O vereador Marcos Paccola, que atirou e mato agende socioeducativo

O vereador Marcos Paccola, que atirou e mato agende socioeducativo

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O vereador Marcos Paccola, autor dos disparos que matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na última sexta-feira (1), em Cuiabá, afirmou que não está arrependido pelos seus atos.

 

Ele efetuou três disparos contra o agente, em meio a uma confusão depois que a esposa de Miyagawa entrou com seu carro pela contramão, na rua Presidente Artur Bernardes, atrás do restaurante Choppão.

 

“Não me arrependo de forma alguma. Estou entristecido por ele ser um colega de profissão, respeito a dor da família. Matar bandido é uma coisa, mas um colega de profissão é bem diferente. Ele perdeu a vida de bobeira”, disse.    

 

Segundo Paccola, o agente teve um “comportamento irresponsável” ao sacar sua arma no meio da confusão.

 

“Eu fiz aquilo para o qual fui treinado a fazer. Se fosse hoje, faria a mesma coisa. Em uma situação igual a aquela, eu agiria 50 vezes como agi”, disse.

 

“Não tenho dúvida alguma em relação ao meu procedimento, não cheguei atirando, fiquei um minuto e meio observando o que estava acontecendo, para entender a situação, já que peguei o cenário em andamento”, disse.

 

Segundo ele, o agente e sua mulher estavam visivelmente alcoolizados. “Quando cheguei na esquina uma pessoa gritou: “Ele vai matar ela”. Mas eu percebi que eles estavam discutindo com o pessoal da distribuidora de bebidas. Ela mandou ele sacar a arma”, afirmou.

 

Segundo o vereador, antes de atirar, o agente estava com sua arma na altura do ombro.

 

“Eu gritei: “Polícia, larga a arma”. Ele ouviu, pois estava a uns quatro metros de distância. Mas,  ao invés de largar a arma, ele fez menção de girar e ficar de frente para mim. Eu não ia esperar ele se virar e atirar em mim. Ele tinha que ter colocado a arma no chão”, disse.

 

“Eu só saquei quando vi a arma na mão dele. Nesse momento, eu atirei três vezes. Eu ainda tive o cuidado de angular bem, pois a mulher dele estava bem atrás. Se eu errasse, iria acertar ela”, disse.

 

Sem temor da investigação

 

Mesmo com a repercussão do caso, Paccola disse estar convicto de seus atos.

 

“Tenho zero de preocupação com a investigação. Mais de trinta testemunhas viram a cena. Pelo menos seis testemunhas fizeram contato comigo, se oferecendo para prestar depoimento. Além disso, minha melhor defesa são as câmeras de monitoramento no local”, afirmou.

 

Paccola afirmou que o caso deve servir de alerta para pessoas que andam armadas.

 

“A combinação álcool, direção e arma pode ser fatal. Quem anda armado precisam refletir. E jamais se deve sacar uma arma para ameaçar alguém”, afirmou.

 

Leia mais sobre o assunto em:

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Barroso  05.07.22 08h03
Se ele não tivesse feito nada e a “vítima” tivesse matado um inocente, o Pacola também era o culpado por ter visto e não ter feito nada.
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Ganicus  04.07.22 21h57
Ganicus, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Moreira  04.07.22 16h06
Penso que se confirmarem as afirmativas do Pacola, ele evitou uma tragédia ainda maior envolvendo terceiros.
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Marcelo  04.07.22 12h04
Falou tudo, principalmente parte final...O desfecho disso tudo poderia ser pior, com alguma vítima realmente inocente
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Rinaldo   04.07.22 11h57
Rinaldo , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas