Cuiabá, Domingo, 3 de Agosto de 2025
AGRESSÃO E MORTE
05.08.2021 | 16h01 Tamanho do texto A- A+

PM foi espancado após usar o banheiro e não fechar a porta

Os dois homens se entregaram na noite de quarta-feira (4) e confessaram o assassinato

Reprodução/ MidiaNews

Imagem do assassinato do policial militar Roberto Rodrigues de Souza (detalhe)

Imagem do assassinato do policial militar Roberto Rodrigues de Souza (detalhe)

LIZ BRUNETTO E VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Os dois homens que espancaram até a morte o soldado da Polícia Militar Roberto Rodrigues de Souza, de 31 anos, no dia 26 de julho em Várzea Grande, confessaram a autoria do crime. Segundo eles, a confusão começou porque o PM não queria fechar a porta do banheiro enquanto fazia suas necessidades.

 

Na tarde desta quinta-feira (5), os delegados Olímpio da Cunha Fernandes Junior e Fausto Freitas - responsáveis pela investigação - deram detalhes sobre o caso. 

 

Os suspeitos Wesdra Victor Galvão, de 29 anos, e Alan Patrick Schuller, de 27, se entregaram na noite de quarta-feira (4) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá. 

 

A discussão, que culminaria na morte do policial militar, teria começado dentro do banheiro. A dupla alegou que a vítima não quis fechar a porta enquanto usava o sanitário. 

 

Um deles, que estava acompanhado da namorada, teria se irritado com a atitude pela possibilidade da acompanhante presenciar alguma cena indesejada. 

 

De acordo com o delegado, o inquérito está em fase de finalização, com poucos pontos a serem encaixados. 

 

Os dois homens responderão por homicídio qualificado, uma vez que a vítima foi agredida sem possibilidade de defesa - como mostram as imagens. A dupla pode ser condenada a entre 12 e 30 anos de prisão. 

 

Eles foram interrogados e passaram por audiência de custódia, mas possivelmente, segundo o delegado, vão responder ao crime na Penitenciária Central do Estado. 

 

Os dois alegaram que não tiveram a intenção matar o policial e que também não sabiam a sua identidade. 

 

Após cometerem o crime, eles teriam ido para casa e somente no dia seguinte, após ver a repercussão do caso, fugiram, temendo represálias. 

 

Segundo o delegado, no entanto, as imagens falam por si. “A Polícia Civil se baseia nos fatos. [...] Pelo que nós notamos, houve sim uma iniciativa de tentativa de agressão que foi revidada com excesso”, disse o delegado Olímpio. 

 

As mulheres que estavam com os agressores não foram indiciadas, e até o momento são tidas como testemunhas, uma vez que as imagens provam que elas tentaram separar a briga.

 

Relembre o caso 

 

O crime aconteceu em 26 de julho deste ano, após Roberto se desentender com outros dois homens em uma distribuidora de bebidas de Várzea Grande. 

 

O caso chocou pela brutalidade das agressões - registradas pelas câmeras de segurança do estabelecimento. 

 

Houve uma discussão no banheiro, momento em que Roberto tentou acertar um soco em um dos homens, mas errou o golpe. Em seguida, a vítima foi agredida e derrubada no chão. 

 

As imagens seguintes são extremamente fortes e flagraram a dupla espancando Roberto com socos, chutes e até com uma cadeira. A maioria dos golpes acertou a cabeça.

 

Após cometerem o crime, a dupla - que estava acompanhada de duas mulheres - fugiu.

 

No dia seguinte, cinco homens foram presos durante a madrugada em Nossa Senhora do Livramento, pela acusação de auxiliar na fuga dos dois agressores que espancaram até a morte o policial.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Suspeitos de espancar soldado até a morte se entregam à Polícia

 

 

 

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Paulo  06.08.21 06h29
Quem não tem intenção de matar não bate na cabeça de ninguém com uma cadeira e nem da chutes e pontapés na cabeça. Outra coisa: ele por acaso estava no banheiro feminino? Ou a mulher estava no masculino?
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Graci O. Miranda  05.08.21 16h04
JUSTIÇA E JUSTIÇA PARA OS AGRESSORES.
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