Polícia aguarda laudo de necropsia e deve ouvir cirurgião plástico

A Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa instaurou uma investigação preliminar e aguarda o laudo de necropsia do corpo da estudante Thayane Oliveira Sousa Leal, de 35 anos, que morreu durante uma cirurgia estética em Cuiabá.

Thayane faleceu em decorrência de complicações durante uma lipoaspiração, nesta quarta-feira (23), realizada pelo médico Rodrigo Bernardino no hospital Valore Day.

Ela foi transferiada para a UTI do Hospital Santa Rosa após uma "intercorrência", mas não resistiu.

Segundo a Polícia Civil, o médico Rodrigo Bernardino deve ser ouvido após a conclusão do laudo de necropsia.

O exame que indicará a causa da morte de Thayane poderá revelar se houve indícios de negligência médica durante o procedimento, ou se foi uma fatalidade. 

De acordo com a Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica), o laudo tem prazo de 10 dias para ser finalizado.

“Intercorrência”

O hospital Valore Day relatou o registro da intercorrência durante a realização da lipoaspiração. 

Por meio de nota, o hospital disse que a paciente deu entrada na unidade pela manhã, passando por todos os protocolos de internação antes de ser encaminhada ao centro cirúrgico.

"Durante o procedimento, houve uma intercorrência, sendo prestado prontamente todo o atendimento necessário. Conforme os protocolos estabelecidos, após a estabilização da paciente, ela foi transferida para outro hospital em Cuiabá, onde continuou a receber todo o suporte médico", diz a nota, sem especificar qual foi a intercorrência.

Como o Valore não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Thayane foi transferida para o hospital Santa Rosa, onde passou por procedimentos de reanimação, mas não resistiu às complicações.

Sindicância

O médico Rodrigo Bernardino não se posicionou até o momento. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, por meio de nota, informou que abriu uma sindicância para investigar o caso. 

"O CRM-MT foi informado, por meio da imprensa, sobre o caso do Valore Day Hospital. Em decorrência, instaurou sindicância ex-ofício, uma vez que o caso foi trazido ao conhecimento do Conselho por essa via. Ressaltamos que o CRM-MT respeita o sigilo sobre procedimentos administrativos em andamento, conforme a legislação vigente”, diz a nota. 

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