A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou um inquérito policial complementar para apurar a possível participação de três homens na morte da adolescente grávida E.B.A.S., de 16 anos, assassinada com requintes de crueldade no dia 12 de março, em Cuiabá.
A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (24), o inquérito que investigava o caso e indiciou a bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, por homicídio quadruplamente qualificado, além de ocultação de cadáver, dar parto alheio como próprio e uso de documento falso.
As investigações seguem para apurar a possível participação do marido de Nataly, Cristian Albino Cebalho de Arruda, Cícero Martins Pereira Júnior, irmão de Nataly, e Alédson Oliveira da Silva, amigo da família.
Os três chegaram a ser presos, mas foram ouvidos e liberados, uma vez que não havia elementos suficientes para a lavratura do flagrante. Eles negam qualquer envolvimento no crime.
Cristian foi preso junto com Nataly no Hospital Santa Helena, onde o casal tentou obter o registro de “nascido vivo” da bebê da vítima. Ele chegou a compartilhar uma foto da criança em sua rede social com a legenda: "Seja bem-vinda, minha filha".
O irmão de Nataly e o amigo foram presos na casa onde o corpo da adolescente foi encontrado, no Bairro Jardim Florianópolis.
“As investigações seguem em andamento para apurar se eles teriam ou não auxiliado a autora de alguma forma, em algum momento do crime praticado por ela, assim como para a individualização das possíveis condutas praticadas”, disse o delegado Michael Mendes Paes, que conduziu as investigações.
O crime
Nataly confessou ter planejado e executado o crime sozinha. O objetivo dela era ficar com a filha da adolescente.
Para cometer o assassinato, ela atraiu a vítima com a promessa de doação de roupas e a levou para uma casa de seu irmão, onde matou e ocultou o corpo.
Na residência, os policiais encontraram a adolescente enterrada em uma cova rasa, com parte da perna visível.
A vítima estava com o ventre aberto, indicando um parto forçado, além de apresentar sinais de enforcamento, esganadura e asfixia. Ela foi encontrada com cabos de internet enrolados no pescoço, mãos e pernas, e com dois sacos plásticos na cabeça.
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