Polícia Civil prende motorista contratado por quadrilha

Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital detiveram o motorista Julcimar Luiz Vicente, de 44 anos, que foi contratado por uma quadrilha que tentou aplicar o chamado “golpe do envelope vazio”.

A quadrilha chegou a comprar vários aparelhos de ar-condicionado grandes, em uma loja de Cuiabá, num total de R$ 15 mil. O bando fez o pedido e pagou com depósito em conta. Em seguida, pressionou a empresa a fazer a entrega. Para comprovar o suposto pagamento, enviou um fax do recibo do depósito.

“A vítima desconfiou de algo e exigiu que houvesse a compensação primeiro. Por coincidência, o lojista viu uma reportagem sobre o esquema do golpe do envelope vazio e nos procurou”, explicou o delegado Roberto Amorim, da Derf.

A partir da denúncia, os policiais localizaram o motorista no bairro Ribeirão do Lipa, numa casa que que havia alugado recentemente.

Os policiais descobriram que o bando havia feito compras no valor de R$ 22 mil, numa outra empresa e cujos produtos iria buscar nos próximos dias.

Como se trata de produtos grandes ou grandes volumes, o delegado suspeita que, ao menos, cinco pessoas fazem parte do esquema e existe a suspeita de mais pessoas lesadas.

Os policiais explicaram que o golpe é considerado simples. O falsário faz uma compra de um determinado produto. Em seguida, faz um depósito num caixa eletrônico, onde, em vez de colocar o dinheiro, insere o envelope vazio.

“A máquina do banco entrega o extrato como se houvesse mesmo o dinheiro. Mas, é feita a compensação posterior. O golpista se aproveita disso. Envia o comprovante do depósito, que, por si só, não é prova de que houve o depósito”, explicou o delegado.

Roberto Amorim acredita que, com a divulgação  do golpe, novas vitimas deverão procurar a Polícia.

Policiais plantonistas adiantaram, no entanto, que, como o crime de estelionato é considerado de baixo poder ofensivo.

Vítimas

Na semana passada, quatro empresas foram vítimas do "golpe do envelope vazio", aplicado por uma quadrilha, na Capital, nas últimas semanas.

Entre as empresas, estão comércio de revenda de baterias, atacadista de tecidos e de extintores de incêndio, localizadas em Cuiabá e Várzea Grande.

A Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande já estava investigando a ação da quadrilha e, ao final da operação, três integrantes foram presos na quinta-feira (3).

Foram presos por receptação José Ricardo de Carvalho, 31, Maria Aparecida Rodrigues, 27, e Neuzil Hilário de Campos, 30. O chefe do esquema escapou do cerco policial.

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